O juiz desembargador Rui Rangel, arguido na Operação Lex, não compareceu esta quinta-feira na secção de trabalho da nona secção criminal do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) por “razões de natureza pessoal”.
O juiz arguido na Operação Lex, Rui Rangel, tinha agendadas para esta quinta-feira, no Tribunal da Relação de Lisboa, quatro sessões para publicação de acórdãos, numa das quais era relator.
Segundo explicou o tribunal, Rangel não compareceu por “motivos de natureza pessoal”, mas a explicação só surgiu depois de os jornalistas terem chamado a PSP, avança o DN.
Mas foi só depois de os jornalistas terem sido impedidos de consultar as pautas sobre as decisões da nona secção criminal previstas para hoje que Orlando Nascimento, presidente do Tribunal da Relação, adiantou que Rui Rangel não compareceu por razões pessoais.
A nota do presidente do TRL só surgiu depois de os jornalistas solicitarem a presença da PSP para que fosse facultado o acesso às pautas das decisões do tribunal.
Rui Rangel ainda está em funções na 9ª secção criminal do Tribunal da Relação de Lisboa já que uma suspensão só poderá acontecer na sequência de uma decisão do Conselho Superior da Magistratura (CSM), o órgão disciplinar dos juízes.
A Operação Lex investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.