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Telemóveis podem passar a servir de documento de identificação na China

O governo de Cantão, no sul da China, iniciou esta semana um projeto para que a aplicação para telemóveis Wechat sirva de documento de identificação para os utilizadores – uma iniciativa que se pode estender por todo o país.

O projeto já se encontra em fase experimental e será estendido em poucos dias a toda a província de Cantão, informou esta quarta-feira o jornal South China Morning Post. A partir do próximo mês, a tecnologia será testada a nível nacional.

Utilizando a tecnologia de reconhecimento facial, em grande desenvolvimento na China, estes documentos vão poder ser usados para fazer registos em hotéis ou para aceder a determinados serviços de instituições oficiais, sem necessidade de um documento de identificação convencional, como o cartão de cidadão.

O Ministério da Segurança Pública e a empresa chinesa Tencent, proprietária da aplicação Wechat, desenvolveram a iniciativa em parceria.

Se for consolidado, o uso do Wechat como documento de identificação irá dar uma maior importância social a uma aplicação, que conta com perto de mil milhões de utilizadores, sobretudo no interior da China.

Nascido em 2011 como um serviço de mensagens instantâneas semelhante ao WhatsApp, o Wechat tornou-se também na rede social mais popular do país, ao incluir, pouco tempo depois, um serviço de “microblogs” similares ao Twitter. Tanto o WhatsApp como o Twitter estão bloqueados pelo regime comunista chinês.

A par desta medida, a imprensa internacional também anunciou recentemente que a China quer implementar, até 2020, o Social Credit Score (SCS), um controverso sistema de crédito social para avaliar todos os cidadãos do país.

ZAP // EFE

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