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Suspeitas de corrupção levam ações da EDP a cair quase 4%

Paulo Vaz Henriques / Portugal.gov.pt

António Mexia, presidente executivo da EDP

A bolsa de Lisboa começou a semana a negociar com perdas, penalizada pelas quedas de cotação dos títulos da EDP, EDP Renováveis e REN. Às 9h07 em Lisboa, o principal índice, o PSI20, caía 0,86% para 5.271,82 pontos, com onze papéis a descerem, cinco a valorizarem-se e três inalterados.

As ações da EDP eram as mais penalizadas àquela hora, ao caírem 3,92% para 3,11 euros, o valor mais baixo desde há duas semanas, enquanto as da EDP Renováveis negociavam também em mínimos desde meados de maio, caindo 0,88% para 6,89 euros.

Já os títulos da REN recuavam 1,61% para 2,81 euros, também o valor mais baixo desde o início de maio.

Em sentido inverso na bolsa em Lisboa, as ações da Mota Engil subiam 0,59% para os 2,73 euros e lideravam os ganhos. Os títulos da Jerónimo Martins, que subiam 0,48% para 17,69 euros, e as dos CTT, ganhavam 0,30% para 5,60 euros, estavam entre os que mais valorizavam esta segunda-feira.

Na sexta-feira, ainda com a bolsa a funcionar, foi anunciada a constituição do presidente executivo da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, como arguidos por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio nas compensações pela cessação de contratos de aquisição de energia (CAE), em 2007.

Também João Faria Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e Pedro Furtado, responsável de regulação na REN, foram constituídos arguidos no processo.

Estas notícias surgiram depois de a PJ ter realizado buscas na EDP, na REN e na consultora The Boston Consulting Group.

Entretanto, a EDP anunciou esta manhã que está agendada para terça-feira, às 9h30, uma conferência de imprensa com Mexia e o restante conselho de administração.

ZAP // Lusa

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