António Jorge Santos, mais conhecido como Tó Jó, saiu nesta terça-feira, 7 de Março, da prisão de Coimbra, após ter cumprido 18 anos de cadeia pela morte dos pais, em Ílhavo, num crime que chocou o país.
Agora com 41 anos de idade, depois de ter cumprido dois terços da pena de 25 anos de prisão, em cúmulo jurídico, a que foi condenado, em Abril de 2001, pelo homicídio dos pais, Tó Jó é um homem “mudado”, garante o seu advogado, Pedro Vidal, em declarações à agência Lusa.
“Um resto de vida feliz”
“Ele está um homem novo, mudado, ressocializado”, destaca o advogado, notando que Tó Jó só quer “ter um resto de vida feliz”.
As declarações de Pedro Vidal foram feitas à porta do Estabelecimento Prisional de Coimbra, onde os jornalistas esperavam a saída do jovem que fica irremediavelmente associado à macabra morte dos pais, que assassinou à facada, em Agosto de 1999.
Tó Jó acabou por fintar a comunicação social e saiu em liberdade condicional por uma porta lateral, sem os holofotes dos média sobre si, por volta das oito da manhã.
“Ele tem direito à reserva da vida familiar, a ter uma vida pacata e sossegada“, explica Pedro Vidal aos jornalistas. “Já pagou, já passou por um grande percurso em circunstâncias difíceis – esteve 16 anos sem uma saída precária”, aponta ainda o advogado, concluindo que ele “merece agora ter um bocado de pacatez, para poder prosseguir com a vida dele”.
Tó Jó alega que foi a ex-mulher que teve a “ideia”
Tó Jó assassinou os pais a 12 Agosto de 1999, em Ílhavo, poucas horas após o último eclipse solar do Século XX, facto que levou as autoridades a considerarem, em primeira instância, que se trataria de um crime com motivações satânicas.
Até pelo facto de o homicida ser vocalista de uma banda de death metal, denominada Agonizing Terror. Mas acabou por perceber-se que, afinal, as mortes foram motivadas por razões financeiras.
A então mulher de Tó Jó e um amigo, que também faziam parte dos Agonizing Terror, foram co-arguidos no mesmo processo, mas acabaram por ser absolvidos, por falta de provas.
Numa entrevista à SIC, Tó Jó garantiu que a “ideia” do crime foi da agora ex-mulher, com quem tem um filho adolescente, dizendo que foi influenciado por ela que lhe “exigiu” e “implorou” uma “prova” de amor.
Na prisão, Tó Jó prosseguiu os estudos na área do Marketing e Relações Internacionais e o seu advogado diz na Lusa que ele tem “planos para a vida, para se integrar no mercado de trabalho”. “É um excelente aluno, tem excelentes notas”, frisa Pedro Vidal.
Tó Jó vai agora, morar com familiares e vai continuar a receber apoio psicológico.
ZAP // Lusa
É difícil entender como este individuo possa ainda “ser feliz”, carregando nas costas para o resto da vida, a morte dos pais. Mas, se o conseguir… “que seja feliz”.
Sim é cómico td isto. Conheci tó jó e nada fazia sentido. Ninguém esperava isto
O gajo tem cara de louco, parece o diabo em forma de gente, e o advogado quer fazer de nós parvos.
O advogado fala a favor de quem lhe paga tal como os seus colegas, matou com a maior das crueldades os pais, foi condenado com a pena de uma morte e cumpriu 2/3 da mesma condenação; neste país estamos todos condenados logo à nascença a sermos piedosos e a aceitarmos a morte consoante tenhamos o azar de qualquer um escolher a forma de nos assassinar.
É melhor que esses familiares, com quem vai morar, tranquem bem a porta do quarto à noite….
Nunca concordei com a pena de morte mas, com prisão perpétua concordo.
Não acredito em “recuperações morais” dentro da cadeia, por isso, acho que este individúo, que mata os pais de forma selvática, com 33 facadas profundas no pai e mais 20 e tal na mãe, só pode ser um “demónio” e um perigo para a sociedade. Depois deste hediondo “serviço” ainda vai gozar do seguro de vida dos pais, certamente de largos milhares de euros, e duma muito boa herança, inteirinha para si visto que é filho único. Para mim, devia ficar preso para sempre e a herança e o seguro irem para o Estado (para pagar a sua “estadia” na prisão,que são á nossa conta) ou para instituições sociais da terra em que os pais viviam.
Em Portugal perde-se direito à herança nestas circunstâncias.