Se houver um sismo semelhante ao de 1755, um terço de Lisboa ficará completamente destruída. Quem o prevê é Mário Lopes, um especialista do Instituto Superior Técnico que critica a inércia do poder político na prevenção de sismos.
O vice-presidente do Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e Construção do Instituto Superior Técnico afirma que é “fundamental que o Estado dê o exemplo” no que toca à prevenção das consequências de sismos.
Segundo o engenheiro Mário Lopes, “o problema sísmico não se resolve a nível técnico, mas sim a nível político”, uma vez que “os sismos não se podem evitar“, mas as suas consequências sim.
Falando perante os deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, numa reunião que juntou as Comissões de Urbanismo e Segurança e Protecção Civil, Mário Lopes defende ser “fundamental que o Estado dê o exemplo, senão na cabeça do cidadão o problema não existe e ninguém faz nada” para evitar os danos provocados por um abalo.
O especialista sublinha também que “a legislação actual como está vale zero” quanto à obrigatoriedade de adequação sísmica das construções, pelo que é “urgente promover nova regulamentação”.
“Estamos em cima de um barril de pólvora”
“Portugal é um país do primeiro mundo no conhecimento, mas muitas vezes é do terceiro mundo ao nível da aplicação técnica” das medidas, aponta o engenheiro.
Mário Lopes recorre ao exemplo do passado e nota que “se houver uma repetição do sismo de 1755, um terço de Lisboa fica em escombros“, especialmente porque a reabilitação urbana na cidade está a ser “um peeling aos edifícios”.
“Melhoram-se as condições de habitabilidade e o aspecto dos prédios e pronto”, considera, afirmando que fica de fora o reforço do edificado e notando que “60% dos edifícios em Lisboa não foram feitos para resistir a sismos”.
“Estamos em cima de um barril de pólvora com o rastilho a arder e não sabemos quando vai rebentar”, alerta Mário Lopes, criticando o facto de muitos prédios na baixa de Lisboa terem pilares cortados no piso térreo.
Em Novembro de 2016, a engenheira civil Cristina Oliveira, do Instituto Politécnico de Setúbal, já tinha alertado que um sismo semelhante ao de Amatrice, em Itália, que se verificou no Verão do ano passado, com uma magnitude de 6.2, arrasaria Lisboa.
“A baixa de Lisboa é um marco da História da humanidade que temos andado a destruir”, acrescenta, exemplificando com as alterações à “gaiola pombalina”, estrutura utilizada nas construções para prevenir que estas ruíssem em caso de sismo.
No seu entender, “isto é a receita para o desastre” – haveria entre 17 e 27 mil vítimas no país, caso se repetisse o abalo de 1755, “30 a 50% dessas vítimas na cidade de Lisboa”, vaticina.
Mário Lopes destaca que, em caso de sismo, se está “mais seguro em cima da ponte 25 de Abril ou da ponte Vasco da Gama do que em muitos prédios de Lisboa”.
ZAP // Lusa
Eu sempre disse que apoiava e apoiei o Mario Lopes para a presidencia da SPES, mas deu o que deu.
Enfim boyadas, infantilismos e outros feudalismos que continuam a destruir e a não deixar crescer Portugal.
Preferem endogamias (até genéticas) bulling e dopping, por nazismo técnico contra independentes e indomáveis mas sempre capazes, e por tacanhez intelectual dos opressores contra todos os que não são e nunca serão subservientes com a mentira com oportunismos e com a permanente má-fé.
Sempre pensei e muitas outras pessoas,em consonância com este senhor engenheiro.
O maior problema será o DEPOIS,porque no decorrer pouco ou nada temos que seja em prol duma segurança que a incúria criminosa tem ,durante muitos anos, agravado.Parece que a única protecção que preocupa o sistema global de Protecção Civil são os fogos florestais. Será que temos,pelo menos, planos para o tal DEPOIS?
grande novidade
Safa que estes tipos andam com uma vontade orgásmica de haver um sismo em Lisboa ou em Portugal só para depois dizerem que avisaram.
Mas adianta alguma coisa? Conseguem prevenir alguma coisa? Quando vier, se vier, é enterrar os mortos e socorrer os vivos.
Fosga-se. Já não há paciência para tanta falta de assunto
Se houver um sismo e de facto houver danos nas proporções que este senhor diz que vai haver, então sim, adianta alguma coisa. Não prevenir o sismo, mas prevenir a gravidade dos danos e de diminuir a perda de vidas humanas.
Não gostas da notícia? Ninguém te obriga a ler.
Mais uma vez a maioria dos comentários e respostas encontram-se viradas para o conflito e não para soluções ou troca de impressões. Tentem ser mais produtivos nas criticas construtivas. O que se procura com estas notícias são comentários que nos proporcionem soluções e não discussões, as discussões são inúteis. A notícia aborda um tema verdadeiramente importante no qual pouco ou nada se tem feito no decorrer dos anos. A observação do Eng.º Mário Lopes, de facto diz tudo e este Senhor sabe muito bem do que fala:
“se houver uma repetição do sismo de 1755, um terço de Lisboa fica em escombros“, especialmente porque a reabilitação urbana na cidade está a ser “um peeling aos edifícios”.
“Melhoram-se as condições de habitabilidade e o aspecto dos prédios e pronto”, considera, afirmando que fica de fora o reforço do edificado e notando que “60% dos edifícios em Lisboa não foram feitos para resistir a sismos”.
“Estamos em cima de um barril de pólvora com o rastilho a arder e não sabemos quando vai rebentar”, alerta Mário Lopes, criticando o facto de muitos prédios na baixa de Lisboa terem pilares cortados no piso térreo.
Não vou tecer comentário analítico…sequer profundo…nem de forma alguma depreciar os ilustres Académicos da noticia em causa,nem quem opina e vai opinar,mas…por acaso o tal de “rastilho,do tal de barril de pólvora,não está debaixo..perto…ou de alguma forma,dentro mesmo de S.BENTO?…vejam bem isso,é que todos eles fumam…e tem uns lá dentro que fumam umas coisas esquisitinhas,verdes e tal…encontrarem um rastilho e puxarem fogo,e depois culparem o tal de”Terremoto”…nada custa…
Peço desculpa,talvez o meu comentário não tenha suporte ACADÉMICO…mas tem muita força de Vox Populus,e o facto é que eles “tão lá”.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e reza a história que isso já foi feito…em Roma…só que em LX,não tou a ver quem iam culpar…sei…o “áchisso”