Familiares de algumas das vítimas da queda do avião da Germanwing que há um ano caiu nos Alpes franceses processaram a escola em que estudou o piloto que provocou o desastre.
Cerca de 80 famílias das vítimas do acidente da Germanwings apresentaram uma queixa num tribunal federal dos Estados Unidos contra a escola de pilotagem onde estudou o co-piloto do avião, Andreas Lubitz.
Segundo os advogados que representam as famílias das vítimas, citados pela agência AFP, a escola de formação de pilotos está localizada no sudoeste dos Estados Unidos e é uma subsidiária da Lufthansa, que detém a Germanwings.
As famílias das vítimas acusam a escola de aceitar o piloto no seu programa de treino quando o certificado médico alemão fornecido por Andreas Lubitz indicava que aquele não seria válido caso fosse detetado mais um episódio depressivo.
A 24 de março de 2015, um avião Airbus A320 da Germanwings despenhou-se nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, provocando a morte a todos os passageiros e tripulantes.
O acidente foi atribuído a uma acção deliberada de Andreas Lubitz, que se terá fechado sozinho no cockpit e suicidado, provocando a queda da aeronave.
Este terá sido o quarto caso da história da aviação civil em que um piloto se fecha sozinho no cockpit e provoca a queda de uma aeronave com o objectivo de se suicidar.
A investigação às causas do trágico acidente viria a apurar que Andreas Lubitz, de 27 anos, tinha recebido tratamento por tendências suicidas antes de ter licença para pilotar, e que nos últimos 5 anos tinha consultado 41 médicos.
O relatório final sobre a catástrofe confirmou definitivamente que a queda do avião foi provocada deliberadamente pelo co-piloto, que sofria de problemas psíquicos, e que, pouco antes da tragédia, tinha sido aconselhado a internar-se.
ZAP
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