O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou um simulacro de ataque armado a instituições governamentais da Coreia do Sul e fez novas ameaças militares ao país vizinho, informou esta sexta-feira a agência de notícias norte-coreana KCNA.
O líder norte-coreano Kim Jong-un dirigiu o exército com fogo real, simulando “fazer explodir Cheongwadae, a Casa Azul da presidência da Coreia do Sul, e os órgãos reacionários em Seul” com os disparos de “mais de uma centena de peças de artilharia de longo alcance”, anunciou a KCNA em comunicado.
“Os canhões abriram fogo com um ruído ensurdecedor, atingindo fortemente os alvos imaginários: Cheongwadae e as máquinas de poder de Seul”, descreve a agência.
Após o simulacro, Kim Jong-un felicitou as tropas, instando-as a “avançar para conseguir atingir o objetivo histórico da reunificação nacional enquanto recebia ordem para atacar”.
A nova ofensiva acontece dois dias depois de uma ameaça de ataque militar à Casa Azul, residência oficial da presidente sul-coreana Park Geun-hye.
Em resposta, a chefe de Estado sul-coreana ordenou, na quinta-feira, ao Governo que aumentasse o nível de vigilância e pediu às Forças Armadas para se prepararem para responder “de maneira agressiva” a qualquer ação armada do país vizinho.
Segundo observadores a analistas militares, citados pelo Korea Herald, apesar da forte retórica, “mais do que ser o prenúncio de um verdadeiro ataque, o anúncio destina-se a enviar uma mensagem”.
No início deste mês, a Coreia do Norte ameaçou lançar um “ataque nuclear preventivo” contra os Estados Unidos e Coreia do Sul.
Em julho do ano passado, durante as comemorações militares do 62º aniversário do armistício que pôs fim à Guerra da Coreia, responsáveis militares norte-coreanos ameaçaram os Estados Unidos de que “não deixariam nenhum americano vivo“.
Dois dias antes, um outro responsável militar da Coreia do Norte tinha ameaçado desencadear um ataque nuclear contra a Casa Branca e o Pentágono, depois de acusar Washington de aumentar as tensões militares na península coreana.
A 10 de março, a Rússia interveio na guerra de palavras, avisando a Coreia do Norte, sua tradicional aliada, que as ameaças de ataque nuclear preventivo poderiam justificar um ataque preventivo dos seus inimigos.
ZAP