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Mais de 80 mil pessoas registaram-se na Segurança Social desde janeiro

Rodrigo Antunes / Lusa

O programa “Segurança Social na Hora”, criado em janeiro deste ano, abrangeu até ao momento 80.700 pessoas, de acordo com os dados divulgados pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

Ana Mendes Godinho avançou estes números em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, que foi esta quinta-feira divulgada.

Estes números dizem respeito a “pessoas que estavam fora do sistema de Segurança Social e que entraram no sistema”, deixando a economia paralela, frisou Ana Mendes Godinho, antes de frisar que uma das principais preocupações do Governo.

Atualmente, uma das principais preocupações do Governo é a “manutenção do emprego e a evolução dos números de desemprego”. “Se compararmos com o início de março temos mais 93 mil pessoas inscritas nos centros de desemprego”.

Sobre o número de inscritos nos centros de emprego, a ministra diz que está já a ocorrer uma desaceleração na procura. “Nos números do final de junho temos mais 2000 desempregados inscritos em Portugal continental em comparação com o mês de maio. A nossa grande preocupação é encontrar formas de responder a este aumento”, aponta.

Na mesma entrevista, Ana Mendes Godinho revelou que a restauração e alojamento são os setores que enfrentam mais dificuldades e prova disso são os pedidos de prorrogação de lay-off. Durante o estado de emergência, disse, houve 107 mil empresas em regime de lay-off simplificado – medida que abrangeu 860 mil trabalhadores.

“Nas prorrogações, verifica-se uma diminuição quer do número de empresas, quer do número de trabalhadores – temos menos 20%. Se olharmos por atividade económica, vemos em primeiro lugar empresas da área da restauração e alojamento, 23%, as do comércio representavam 22% e as indústrias transformadoras 10,2%. Nos pedidos de prorrogação, verifica-se menos 45% de trabalhadores das empresas da indústria transformadora, o que reflete a retoma da atividade. Temos menos 38% dos trabalhadores do comércio e menor diminuição nas atividades de restauração e alojamento onde se sentem efeitos mais evidentes”, explicou.

ZAP //

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