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57 menores de Fukushima desenvolveram cancro da tiroide

awee_19 / Flickr

Pelo menos 57 menores residentes na região japonesa de Fukushima desenvolveram cancro da tiroide desde que em março de 2011 um sismo seguido de tsunami desencadeou o pior desastre nuclear do país, revelam os últimos dados das autoridades nipónicas de saúde.

O número, apurado no relatório do comité de investigação sanitária da prefeitura de Fukushima, reporta o aumento em sete casos face aos dados apresentados em maio passado.

Os dados agora conhecidos referem-se às análises feitas até 30 de junho e mostram que foram detetados 103 casos duvidosos do tipo de cancro entre as 300 mil pessoas submetidas a análises na região e que eram menores na altura do acidente nuclear.

A preocupação surge porque o iodine-131 libertado para o ar pelo colapso do reator acumula-se na glândula tiroide, responsável pela regulação das hormonas, aumentando o risco de cancro. No entanto, o painel de peritos considerou que até agora “é difícil” determinar uma consequência direta entre os casos de cancro e as radiações da central após o acidente.

Os jovens diagnosticados com cancro tinham na altura do acidente uma média de idades de 14,8 anos e os números traduzem que 30 em cada 100 mil pessoas desenvolveram o cancro da tiroide na região.

Noutras zonas do Japão a incidência deste tipo de cancro é de 1,7 pessoas, números muito mais baixos.

Um estudo recente da ONU reconheceu a possibilidade de aumento do risco de cancro da tiroide entre as crianças mais expostas à radiação após o acidente de Fukushima, mas aponta como improvável que possa haver uma grande alteração nas taxas gerais de cancro no país.

/Lusa

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