Maior central nuclear do mundo tem carta branca para ser reativada

Tokyo Electric Power Co., TEPCO

Central de Kashiwazaki-Kariwa

Após mais de quatro mil horas de inspeções às instalações, regulador japonês levantou veto à reativação da maior central nuclear do mundo e abriu caminho para a eventual reativação da estrutura.

O regulador nuclear do Japão anunciou esta quarta-feira que levantou o veto de segurança à central de Kashiwazaki-Kariwa, considerada a maior do mundo em capacidade, abrindo caminho para a eventual reativação da estrutura.

A autoridade nuclear japonesa (NRA) decidiu retirar a proibição de facto que se aplicava, há dois anos, ao funcionamento da central situada em Niigata (noroeste de Tóquio) por considerar que as medidas de prevenção de ataques terroristas não eram suficientes.

A entidade reguladora japonesa concluiu agora que a operadora da central, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), melhorou o grau de preparação nesta matéria, após ter efetuado mais de quatro mil horas de inspeções às instalações.

Com uma capacidade de cerca de 8.212 megawatts, o que a torna a maior do mundo, a central de Kashiwazaki-Kariwa — cuja construção começou nos anos 70, e o primeiro reator entrou em funcionamento em 1985 — está inoperacional desde o encerramento nuclear ordenado pelas autoridades japonesas, na sequência do acidente da central de Fukushima, em março de 2011, que levou a uma revisão dos protocolos de segurança de todas as centrais do país.

Ao longo dos anos, a central sofreu vários contratempos, incluindo falhas em sistemas de segurança e vazamentos de água radioativa. O mais significativo foi em 2007, quando um terremoto de magnitude 6,6 atingiu a área e causou um pequeno vazamento radioativo, que levou à suspensão temporária das operações de todos os reatores.

O Governo japonês, a TEPCO e outras empresas nipónicas de energia estão empenhadas em reativar todas as centrais nucleares do país que cumpram o novo quadro de segurança, embora em muitos casos a reabertura tenha sido rejeitada pela população local ou por outros obstáculos.

ZAP // Lusa

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