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Quase 33 mil passageiros chegaram aos aeroportos sem teste à covid-19

Quase 33 mil passageiros entraram em Portugal, entre 2020 e meados de junho deste ano, sem o obrigatório teste de despiste à covid-19.

De acordo com o Jornal de Notícias, pelo menos 32.718 passageiros viajaram de avião para Portugal, entre 2020 e meados de junho deste ano, sem apresentarem um teste de diagnóstico à covid-19 realizado 72 horas antes do embarque.

Esta situação deu origem a 510 processos de contraordenação a 39 companhias aéreas, cuja soma das multas vale entre 16,3 milhões e 65,4 milhões de euros, segundo a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).

No ano passado, 26.680 os passageiros embarcaram sem teste, e foram abertos 257 processos pela ANAC.

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Henrique Louro Martins, encara com preocupação o volume de passageiros que viajaram sem teste, defendendo, em declarações ao JN, que os tripulantes de cabina deveriam ser profissionais prioritários para a vacinação e para a testagem sistemática antes de qualquer voo para o estrangeiro.

“Escrevemos várias vezes à Direção-Geral da Saúde, nunca tivemos resposta”, disse, acrescentando que, “nos transportes em geral, a lotação foi limitada“, mas não na aviação civil.

Além disso, apenas numa semana, uma equipa pode deslocar-se a vários países com elevados níveis de contágio.

“Não se compreende. É um risco para os próprios e para os outros, incluindo os passageiros”, insistiu o dirigente sindical.

“Felizmente, até ao momento não há casos de gravidade extrema”, mas sempre que ocorre uma situação implica a quarentena de toda a equipa, contou, referindo-se a alguns casos de infeção entre aqueles profissionais.

O SNPVAC defende que, mesmo que já tenham sido vacinados, os tripulantes de cabina devem ser submetidos a testes sempre que as escalas obriguem à estadia noutro país.

ZAP //

 

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