25 de Abril. Uma máscara, um minuto de silêncio pelas vítimas de Covid-19 e a “vacina da austeridade”

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Tiago Petinga / Lusa

O distanciamento social na cerimónia do 25 de Abril em tempos de pandemia de Covid-19.

Muitos cravos e muitos lugares vazios, uma única máscara, o distanciamento social entre deputados e um minuto de silêncio pelas vítimas de Covid-19 marcaram a cerimónia dos 46 anos do 25 de Abril no Parlamento.

Vários deputados usaram hoje no plenário o cravo na lapela ou na mão, muitos escolheram roupa vermelha e apenas uma deputada recorreu à máscara de protecção individual, designadamente Filipa Roseta do PSD.

Numa sessão solene muito mais vazia que o habitual devido à Covid-19, os partidos cumpriram o combinado e apenas estiveram no plenário 46 do total dos 230 deputados, sentados com pelo menos duas cadeiras de intervalo entre si. Antes da cerimónia, foram conversando, mas sem grande proximidade,  cumprindo o distanciamento social exigido pela pandemia.

Nas galerias, os poucos convidados presentes, menos de vinte, foram-se distribuindo em espaços e até filas diferentes. O antigo Presidente da República Ramalho Eanes – o único antigo chefe de Estado a estar presente – conversou longamente e à distância, em pé, com o cardeal patriarca, Manuel Clemente, os dois sozinhos na tribuna presidencial.

No discurso de abertura da sessão, o presidente da Assembleia da República (AR), Ferro Rodrigues, defendeu que os portugueses estão vacinados contra a austeridade e pediu unidade no combate às consequências económicas e sociais resultantes da pandemia.

Ferro Rodrigues referiu que, “contra todas as expectativas, contra muitos que pensavam nunca tal poder acontecer”, os portugueses “foram capazes de ultrapassar bloqueios e encontrar soluções capazes de recuperar o país da profunda crise – até mesmo de identidade e de valores – em que se encontrava, depois de um período tão difícil e complexo como foi o período de assistência financeira, com profundos impactos na pobreza e na exclusão social”.

“De uma coisa estou certo: Portugal e os portugueses estão vacinados contra a austeridade. Resta saber se a vacina tem 100% de eficácia“, apontou.

Segundo o presidente da AR, embora a pandemia que Portugal enfrenta “tenha deitado a perder parte daquilo que foi conquistado com tanto esforço e sacrifício, foi no Parlamento – que assumiu, também por isso, uma centralidade crescente no funcionamento do sistema político – e em concertação permanente, que foi possível concretizar um programa de recuperação de rendimentos e de alteração de política económica, sem pôr em causa os compromissos internacionais de Portugal”.

“Num momento em que os portugueses esperam dos seus representantes sentido de responsabilidade, estou certo de que todos os representantes políticos – porque todos contam, porque todos são importantes – darão o seu contributo para um novo presente, para um futuro melhor“, acrescentou.

Ventura inflamou Parlamento ao pedir um “novo regime”

João Cotrim de Figueiredo, do Iniciativa Liberal, usou um discurso em tom de carta ao filho que nasceu no dia 25 de Abril para salientar as dificuldades dos jovens nos dias actuais.

André Ventura, do Chega, incendiou o Parlamento com a ideia de que “precisamos de outro regime democrático, de uma nova madrugada para trazer outro regime democrático porque este já não serve”. “Não devíamos estar aqui hoje, os portugueses não puderam estar ao lado dos que queriam abraçar hoje”, realçou, manifestando-se contra a cerimónia onde optou por marcar presença.

O deputado José Luís Ferreira, do PEV, optou por elogiar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e frisou que o “25 de Abril não está de quarentena”, apelando aos cidadãos para cantarem a “Grândola, Vila Morena” às 15 horas deste sábado.

Pelo PAN falou a deputada Inês de Sousa Real que salientou que “Abril está por cumprir nos seus princípios fundamentais”, citando o “princípio da Igualdade”, o combate à pobreza, o acesso à justiça, os “tempos de resposta do SNS” e o direito universal à habitação. “Precisamos de uma nova alvorada”, apontou ainda, frisando que “neste país, é o interesse económico quem mais ordena, com licença para devastar ecossistemas de valor único”.

Depois do líder do CDS ter escolhido não ir à cerimónia, criticando a sua realização numa altura em que a população está confinada em casa, o líder parlamentar dos populares, Telmo Correia, vincou o protesto, notando que “o poder político permite para si mesmo o que não permite ao povo”. “Em democracia, não há datas prescindíveis e imprescindíveis, por decisão da maioria. Esta data dividiu a população, quando devíamos estar unidos”, salientou, concluindo que “é um mau exemplo”.

Já, em nome do PCP, Jerónimo de Sousa apontou que o 25 de Abril tinha que ser celebrado no Parlamento porque “são os valores de Abril que nos fortalecem como povo”. O deputado falou ainda dos que, “vestindo novas e dissimuladas vestes, pretendem branquear [as conquistas da democracia] denegrindo Abril”, e avisou também que os “direitos não podem ficar de quarentena”.

O deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira também lembrou no seu discurso os profissionais de saúde considerando que “são imprescindíveis” e que não podem ser “precarizáveis nem descartáveis”. Sobre o 25 de Abril, notou que, este ano, será diferente, com “os concertos à janela”. “Hoje não descemos à avenida, mas não esquecemos que a liberdade.”

No seu discurso, Rui Rio, líder do PSD, tratou de apontar que apesar da “liberdade condicionada” por causa da pandemia, “Portugal não tem a democracia suspensa”. Depois, avisou o Governo de que é preciso “preparar o país para nova curva” de casos de coronavírus, sublinhando que as “falhas não poderão ser repetidas” e que é preciso planear uma “maior capacidade de resposta do SNS”. “A economia portuguesa não resistirá a uma nova paragem idêntica à que estamos a viver”, alertou ainda.

Pelo PS, falou a líder parlamentar Ana Catarina Mendes, sustentando a importância de manter viva a “chama da democracia e da liberdade”, para “saudar o 25 de Abril da descolonização, da paz, dos sonhos, do futuro, da abertura ao mundo”. A deputada terminou a sua intervenção a citar Miguel Torga: “Recomeça/ Se puderes/ Sem angústia/ E sem pressa/ E os passos que deres,/ Nesse caminho duro/ Do futuro/ Dá-os em liberdade”.

Por fim, o Presidente da República vincou que o “25 de Abril é essencial e tinha de ser evocado”. Marcelo Rebelo de Sousa apontou que “esta hora impõe-nos unidade, nem unicidade nem unanimismo”, mas “unidade entre portugueses e responsáveis políticos”. Considerando que a cerimónia é um “bom exemplo”, onde se ouviram “vozes discordantes”, o Presidente constatou ainda que “o que seria vergonhoso era haver um país a viver com entrega e a Assembleia da República demitir-se de exercer os seus poderes”.

Um minuto de silêncio pelas vítimas da Covid-19

A cerimónia ficou ainda marcada por um minuto de silêncio pelas vítimas da covid-19, depois de o presidente da AR ter formulado esse pedido logo no início do seu discurso.

“A perda de centenas de vidas humanas é, sem dúvida, a expressão mais violenta da pandemia, porque irreversível”, declarou Ferro Rodrigues na sua intervenção.

Ferro Rodrigues referiu depois que “bastaria que se perdesse apenas uma [vida], para que o lamento se fizesse ouvir e a solidariedade chegasse a quem vê desaparecer um seu ente querido”.

“Nesta hora difícil que vivemos, os nossos pensamentos estão com todos quantos perderam familiares e amigos. Com todos quantos se encontram hospitalizados, lutando, pela sua sobrevivência, contra este vírus terrível. Com todos quantos estão impossibilitados de contactar os seus mais próximos, confinados nas suas residências ou em instituições um pouco por todo o país, tentamos atenuar o vazio da privação dos afectos de proximidade”, apontou.

“Para todos eles uma palavra de solidariedade, de ânimo, de esperança. Mas, em especial, por todos os que nos deixaram, peço que cumpramos um minuto de silêncio”, acrescentou.

Praça de Ovar com um cravo gigante por cada vítima

A Praça da República de Ovar está hoje decorada com 35 cravos gigantes em homenagem às vítimas mortais de Covid-19 nesse município do distrito de Aveiro, que esteve um mês em estado de calamidade pública devido à pandemia.

Essa área pedonal situa-se em frente à Câmara Municipal, que esta sexta-feira à noite também passou a exibir iluminação especial nas janelas da sua fachada principal, procurando evocar, em diferentes tonalidades, o arco-íris que se tornou um símbolo internacional de esperança na luta contra o vírus SARS-CoV-2.

As 35 flores reflectem, por sua vez, o número exacto de mortos que a Câmara Municipal de Ovar contabilizava esta sexta-feira à noite, no seu balanço diário da evolução epidemiológica local da Covid-19.

A iniciativa constitui uma “singela homenagem às suas famílias”, num dia que, embora celebrando a memória feliz dos 46 anos da Revolução do 25 de Abril, também representa “um momento difícil” para quem perdeu entes queridos, até porque, devido às restrições sociais impostas pela doença, as respectivas cerimónias fúnebres não puderam realizar-se nos moldes tradicionais.

ZAP // Lusa

16 Comments

  1. Sinto um enorme desgosto, por ver que uma grande parte dos nossos políticos não passam de uns… reles, repugnantes e arrogantes indivíduos.
    Subestimaram a importância deste vírus mortífero, das vítimas e da dor das famílias enlutadas, quando convocaram e “pior” realizaram, esta manifestação de orgulho puramente político sem terem em conta a infelicidade dos que perderam os seus entes-queridos, que muitos, nem sequer puderam acompanhá-los até ao local da última morada.
    Manifestaram uma evidente falta de Sentimentos ou Compaixão pelos que partiram, sem se despedirem dos que mais amavam. Enquanto milhares de familiares choram a partida dos familiares que perderam, eles “os políticos sem coração, manifestaram a alegria de mais uma vez se reencontrarem, não obstante o drama que o País atravessa.
    Pensaram comprar a compreensão dos enlutados, com 1 mísero minuto de silêncio, como se isso bastasse para serenar a revolta que possam sentir.
    Miseráveis Bandalhos!

    M. A. R. Da Silva

  2. “Os Saudositas e Fascistas, foram saíndo da Toca, aproveitando o mau momento que se vive em todo o Mundo”…Claro que Abril vai fazendo história tal como outras datas do nosso País! Mas…Os que hoje criticam, falam, falam, falam, procurando baralhar o verdadeiro sentido desta data têm pouca sorte! Porque Abril foi para além de um marco importante da História Portuguesa, também foi um ponto de partida e viragem de uma “página negra negra vivenciada por muitos”… Quantas pessoas não morrerm por esta causa? Os seus assasinos tb foram mortos? Até estes pequenos como o Chega, previligiam com esta data…Muitos dos seus fundadores e militantes, ou não eram nascidos, ou ainda andavam com fraldas! E agora vêm com esta conversa da treta! Que tristeza! VIVA O 25 de ABRIL! VIVA A LIBERDADE! FASCISMO NUNCA, mas NUNCA, NUNCA MAIS… “A História é e será sempre imparáve… Independentemente das vontades ou dessejos individuais”…

    • A triste atitude e criticas de grupos Políticos como o CDS e Chega, a que já nos habituaram, foram magistralmente desmontadas por o P.R. O seu comentário tem todo o meu apoio !

    • Muito bem, Lena! Totalmente de acordo. O povo parece ter a memória curta ou não conheceu a outra realidade. Depois faz uma confusão tremenda, misturando alhos com bugalhos. De todo o modo, parece que continua a ser preciso estar atento.
      Concluo com um soneto, composto três dias depois daquela grande data, musicado a seguir e cantado em algumas das manifestações daquela altura, que ofereço a quem acreditou…

      E NASCE O DIA, O SOL, PRA TODA A GENTE

      E nasce o dia, Sol, pra toda a gente,
      A Primavera quer então florir,
      A injustiça cai e o Povo sente
      Um amanhã vivido a sorrir.

      A Liberdade chega e canta o Povo
      A esperança, a alegria e a vitória.
      Poder construir um Portugal Novo
      É dar um novo rumo à nossa História.

      Mas Povo, não te deixes enganar,
      A reacção é forte e não desarma.
      Precisas manter-te bem unido.

      De fronte erguida, em frente, triunfar…
      Faz da memória a tua melhor arma,
      E não mais voltarás a ser vencido!

      28 de Novembro de 1974
      In: Do Diário de um marginal

      VIVA O 25 DE ABRIL!

    • Lena, já alguma vez nos vimos, cruzamos ou falamos para me vir com esta treta, digna de ser apelidada de… peixaria? Que educação recebeu para me apelidar de fascista, sem me conhecer de lado algum? Que linguagem ordinária para uma mulher que se preze. Sim, deduzo que seja mulher, pelo nome.
      Saiba que estive mais de 25 anos exilado no estrangeiro e que só voltei definitivamente, decorria o ano 92 do século passado .
      Sabe o que é, ser exilado? Nunca passou por isso do exílio? Então, não pode compreender.
      Veja se tem mais educação para com as pessoas a quem se dirige.
      Só porque não penso, vejo ou falo como a Menina ou Senhora, já deduziu que sou fascista?
      Isto é mesmo palavreado, de gente mal-educada e fanática ao extremo.
      Acalme-se, que isso faz-lhe mal ao coração e pode ser perigoso para a sua Saúde.
      Se agora me pusesse a responder-lhe do mesmo jeito, onde iríamos parar?
      Adeus e tenha um bom dia…

      • Meu Caro Jerónimo… O meu comentário não é resposta ao seu, conforme poderá verificar! Se houve algum engano, pela minha parte, peço desculpa! O meu comentário vai mais além, uma espécie de desabafo, em relação a todos aqueles que estão aproveitando esta crise sanitária mundial, para procurar “branquear uma data tão importante e cheia de significado” como é o 25 de Abril! Eu também tive muitos Familiares, perseguidos, presos e torturados pela PIDE! E no final de uma Revolução que acabou por ser com cravos e Romântica”, quantos pides foram torturados ou mortos! Ainda bem que os objectivos fundamentais foram conseguidos, sem sangue, sendo um bom exemplo para a Humanidade…Por isso nunca é demais dar vivas a um PAÍS LIVRE, EUROPEU E DEMOCRÁTICO… VIVA o 25 de ABRIL! VIVA PORTUGAL…

      • PARABÉNS D. LENA!!! Estamos fartos de “jerónimos” exilados e ofendidos porque se realizou a cerimónia comemorativa do dia da LIBERDADE e do fim do fascismo porco e ordinário que nos submeteu durante 48 anos ao obscurantismo, à ditadura política e económica, à miséria e à pobreza sem fim. Estamos fartos dos “jerónimos” que falam de falta de sentimentos e compaixão pelas vitimas da pandemia, mas que 46 anos depois ainda não tiveram uma palavra de lamento relativamente aos 15.000 mortos e outros tantos estropiados que resultaram duma guerra colonial, estúpida, fascista e racista e onde também milhares de famílias não tiveram oportunidade de se despedirem dos seus filhos, pais, irmãos ou simples amigos. Onde estavam os “jerónimos” deste país nessa altura? Ah! Estavam exilados! Desconheciam que havia mortos nas colónias, que a prisão de Caxias estava cheia, que não havia escolas, estradas, hospitais, subsídios de desemprego, assistência médica no interior e que a taxa de analfabetismo era superior a 70% e que só os da “raça superior” tinham acesso à faculdade, ou até mesmo às escolas comerciais ou liceus! Os analfabetos continuariam analfabetos para sempre. Que raio de sentimentos sr. Jerónimo!! 25 de ABRIL SEMPRE!!!!

  3. Congratulo-me com o facto de a Assembleia ter realizado com o simbolismo que se impunha o 25 de Abril. Quem viveu durante o período do Estado Novo, leu ou ouviu contar deve perceber bem a importância que teve o 25 de Abril para o tempo que vivemos hoje. Os medíocres que tem medo de verem as suas ideias confrontadas, os que têm absoluta necessidade da miséria dos outros para se afirmarem, os arrogantes que querem alguma relevância social sem a merecerem não gostam do 25 de Abril, abominam os capitães de Abril, têm raiva da democracia. Todos aqueles que sabem que a liberdade de pensamento é uma condição inerente à condição de ser humano exaltam o 25 de Abril. Por isso, esta data não é apenas uma data, mas é antes um marco fundamental da nossa história. Celebrar hoje é prestar tributo a todos aqueles, Álvaro Cunhal, Mário Soares, Humberto Delgado e tantos outros que sofreram as agruras da ditadura e da violência do Estado Novo e isto não pode passar em claro. Foi simbólica, mas foi pertinente e marcante. Com Abril e por Abril.

  4. Viva o 25 de Abril! Independentemente das convicções políticas e ideológicas de cada um, a democracia é de todos nós, as pessoas são livres de expressar a sua opinião, somos todos diferentes, e uma democracia faz-se de pensamentos e opiniões diferentes, união é precisa e ainda mais num período como este, todos juntos fazemos um Portugal melhor.Boa noite a todos.

  5. Há gente que agora vive de esmolas. Literalmente.Conheço.
    Olho para todos aqueles frescos cravos e penso quanta fome eu conseguiria matar com o nosso dinheiro que ali foi gasto.
    Dói. Revolta.
    Sempre a mesma dor.

    • Na ausência de outros argumentos, o seu próprio comentário leva qualquer pessoa, mesmo menos inteligente, à conclusão de que o Exmº. Sr. Jerónimo é mesmo fascista. Picou-se! Sentiu-se atingido pela farpa, e depois de ler o texto da srª. D.Lena três vezes, não vejo o seu nome mencionado na opinião expressa livremente pela referida senhora. O Exmº. sr, é que se apelida de fascista. O argumento de estar exilado durante 25 anos, não explica coisa nenhuma, já que não refere o motivo ! Pode ter fugido por ser um criminoso e não como perseguido político! Também pode ter fugido por não querer cumprir o serviço militar, ou por cobardia ou porque simplesmente não aceitava a guerra, logo não aceitava o regime fascista. Venha o diabo e escolha a razão de tão longa ausência, mesmo depois de implantada a LIBERDADE em 1974. Curioso!!! E a propósito de falta de sentimentos compaixão pelo luto das familias que perderam familiares com o virus, que todos lamentamos, era bom recordar-se que já tivemos uma guerra onde morreram 15.000 jovens e não era pelo facto de morrerem que deixavam de comemorar o 10 de Junho ou o 28 de Maio de má memória. Também aí as familias não se despediram dos seus mortos e não me lembro do sr. Jerónimo ter levantado a voz para criticar a “falta de sentimentos e compaixão” que agora apregoa. O DIA 25 DE ABRIL DE 1974 é histórico seja em que situação for! Até para o sr. Jerónimo foi óptimo pois permite-lhe dizer agora o que possivelmente nunca diria. Não comemorar o dia 25 de Abril como dia da liberdade e do fim do fascismo em Portugal, seria acabar com a democracia e acabar com o bem mais precioso que o dia nos deu: a LIBERDADE DE EXPRESSÃO E PENSAMENTO. FASCISMO NUNCA MAIS!! 25 de ABRIL SEMPRE!! MORTE AO FASCISMO E A QUEM O APOIAR!!!

    • Acredito. Andar há 46 anos a “penar” com os custos de tantos cravos não é fácil! Deve ser mesmo um pesadíssimo fardo e uma revolta de tirar o sono ao mais dorminhoco!!! Revolte-se! Exija a devolução a “sua parte” do que foi gasto na compra dos cravos! E de preferência que seja reembolsado em “senhas de gasolina” para não pagar mais impostos. Que tristeza!!

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