De acordo com as contas do semanário Expresso, 23 deputados da Assembleia da República, ou seja, 10% dos 230 que compõem o hemiciclo, são candidatos às eleições autárquicas do outono.
Na quinta-feira, foi aprovado na generalidade um projeto de lei que alarga os critérios que permitem a um parlamentar suspender a função e ser substituído: doença grave, licença de parentalidade, processos judiciais e, agora, “motivos ponderosos de natureza pessoal ou profissional”, com um limite de seis meses por legislatura.
Além do PSD, CDS e PAN aprovaram projetos no mesmo sentido, faltando agora a negociação na especialidade.
O Expresso fez contas, este domingo, e revelou que 23 deputados da Assembleia da República são candidatos às eleições autárquicas. António Gameiro (Ourém) e Pedro Coimbra (Penacova) juntaram-se há poucos dias a outros 12 deputados candidatos do PS.
No seio do partido do Governo, permanecia a dúvida sobre a líder da bancada parlamentar, Ana Catarina Mendes, apontada a Setúbal. Fonte socialista avançou, contudo, que a lista fica por aqui: são 14 deputados.
No PSD, cinco deputados atiram-se à corrida autárquica, com Ricardo Baptista Leite, “seguramente dos deputados mais conhecidos” do país, a lançar-se a Sintra e o histórico Fernando Negrão a Setúbal.
O Bloco de Esquerda tem três deputados já escolhidos, mas nada garante que o partido se fique por aqui. Já no CDS, que tem cinco deputados na Assembleia da República, há um fechado para São João da Madeira: João Pinho de Almeida.
PCP, PAN, Iniciativa Liberal e Chega estão a zeros.
Ainda bem que temos separação de poderes e que os deputados sabem honrar o seu mandato legislativo. Não é?