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Piratas roubam informação sobre investigação do avião malaio

Devon Dow / U.S. Pacific Fleet

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Piratas informáticos acederam e roubaram informação confidencial de vários computadores de agências malaias dedicadas à procura do avião da Malaysia Airlines, desaparecido a 8 de março com 239 pessoas a bordo, informa a imprensa local esta quarta-feira.

Segundo o diário The Star, cerca de 30 computadores, designadamente do departamento de Aviação Civil, do Conselho de Segurança Nacional e da companhia aérea, foram infetados com um software maligno (malware) que retirou informação e a reenviou para um endereço de Protocolo de Internet (IP) chinês.

A agência da governamental malaia CyberSecurity descobriu a existência do malware enviado por correio eletrónico no dia seguinte ao desaparecimento do voo MH370 camuflado como uma notícia que anunciava a descoberta do avião.

O diretor executivo da CyberSecurity, Amirudin Abdul Wahab, disse que o vírus foi detetado depois de várias agências governamentais terem avisado que as suas redes estavam congestionadas com mensagens provenientes dos seus servidores.

“Estas mensagens de correio eletrónico continham informação confidencial, incluindo minutas de reuniões e documentos confidenciais, vários dos quais relacionados com a investigação do MH370″, indicou o mesmo responsável ao The Star.

“Era um malware complexo que os programas antivírus não conseguiram detetar. Foi um ataque muito sofisticado”, acrescentou.

Possibilidade de encontrar avião malaio em novas buscas “razoável”

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, considerou que há “uma possibilidade razoável” de uma nova busca submarina permitir encontrar o avião da Malaysia Airlines, que operava o voo MH370, desaparecido desde 8 de março, com 239 pessoas a bordo.
Tony Abott afirmou que os investigadores não desistiriam facilmente de encontrar o aparelho que desapareceu inexplicavelmente dos radares quando estabelecia a rota Kuala Lumpur-Pequim.

Estima-se que o avião tenha caído no sul do oceano Índico, ainda longe da costa da Austrália Ocidental, mas buscas massivas efetuadas por ar e mar não detetaram destroços, enquanto uma investigação submarina se revelou inconclusiva.

Peritos têm usado dados técnicos para determinar a zona mais provável da localização do avião no fundo do mar e estão a preparar uma busca mais intensa.

“Eles agora vão procurar toda a zona de provável impacto que corresponde a qualquer coisa como 60 mil quilómetros quadrados de fundo de oceano, ao largo da costa da Austrália Ocidental”, afirmou Abbott à televisão australiana ABC esta quarta-feira.

“Se o avião estiver lá em baixo – e a melhor informação dos peritos é a de que caiu na água algures no arco ao largo da costa da Austrália Ocidental -, há uma hipótese razoável de que o iremos encontrar porque [os peritos] estão a usar a melhor tecnologia possível”, acrescentou.

Abbott disse que as autoridades “fizeram o melhor que podiam com o equipamento disponível” na primeira fase das buscas nos mares agitados e remotos.

Buscas podem demorar até um ano

No início do mês, o Governo australiano firmou um contrato de 46,5 milhões de dólares (34,9 milhões de euros) com a empresa holandesa Fugro Survey para a operação de buscas.

O primeiro-ministro australiano reforçou que as buscas nas águas profundas pela empresa holandesa iriam começar possivelmente no próximo mês e poderiam demorar até um ano.

Abbott salientou que a Austrália vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para encontrar o avião e ajudar a determinar o que aconteceu com o Boeing 777 para encerrar o caso para as famílias e opinião pública em geral.

Nas buscas no fundo do mar será usado equipamento de som e câmaras de vídeo para localizar e identificar quaisquer destroços.

Seis australianos estavam a bordo do avião da Malaysia Airlines, cujos passageiros eram na sua maioria de nacionalidade chinesa.

/Lusa

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