Sem falar no rival interno Valerii Zaluzhnyi, presidente da Ucrânia anunciou mudança em altos cargos.
Há mudanças a acontecer na Ucrânia, a nível interno. Quer no Governo, quer entre responsáveis militares.
Volodymyr Zelenskyy admitiu neste domingo que vai haver uma remodelação nos cargos de topo do país.
E será uma mudança generalizada: “Quando falo em mudança, tenho em mente algo sério, que não diz respeito a uma única pessoa; tem a ver com a direcção da liderança do país“.
“Quando falamos sobre isto, falo sobre uma substituição de uma série de líderes estatais, não apenas num único sector como o militar. Estou a pensar nesta substituição, mas não se pode dizer aqui que substituímos uma única pessoa”, assegurou o presidente da Ucrânia.
“Temos de empurrar todos na mesma direcção, não podemos perder ânimo, temos de ter energia positiva; a negatividade tem de ser deixada em casa”, comentou, em entrevista à RAI.
Zelenskyy nunca falou sobre Valerii Zaluzhnyi, que tem sido apontado como provável sucessor na presidência da Ucrânia.
Zaluzhnyi é chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia e o seu possível despedimento tem sido comentado com frequência nos últimos dias, sem confirmação oficial.
A relação entre os dois não é pacífica, tem acumulado divergências, sobretudo por causa das estratégias utilizadas na guerra com a Rússia.
Mas Valerii Zaluzhnyi é muito popular na Ucrânia. Uma sondagem recente mostrou que 88% dos ucranianos confiam no chefe das Forças Armadas, enquanto 62% confiam no presidente do país, Volodymyr Zelenskyy.
Zaluzhnyi afirmou publicamente, há poucos dias, que há instituições ucranianas a impedir o país de atingir os seus objectivos na guerra – porque não queriam aplicar medidas impopulares, como a mobilização em massa.
Em relação ao que se passa no terreno, nesta entrevista o presidente da Ucrânia admitiu um “impasse”.
E avisou: “A guerra pode chegar até vós (Itália) porque estamos a lidar com Vladimir Putin. E, quando a guerra chegar, ninguém estará pronto, os exércitos europeus não estarão prontos, será um choque. Quem garante que a NATO vai reagir de imediato? Ninguém”.
Guerra na Ucrânia
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