Votos dos emigrantes: PSD apresenta queixa-crime

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O presidente do PSD, Rui Rio

Anúncio feito por Rui Rio, que não hesitou nas palavras: “Alguém cometeu um crime, objectivamente”.

Prolonga-se a confusão à volta do que aconteceu na contagem dos votos dos portugueses que vivem noutros países, que votaram nas eleições legislativas 2022.

Os círculos da Europa e de fora da Europa determinaram, mais uma vez, que o PS conseguiu eleger dois deputados e que o PSD também atingiu esse número.

Mas o número que se destacou foi outro: 157.205 votos foram anulados porque as pessoas não apresentaram qualquer documento de identificação, quando votaram – uma decisão que entretanto originou recursos dos partidos PAN, Livre e Volt, junto do Tribunal Constitucional.

O PSD já tinha protestado e desde terça-feira esteve presente na Feira Internacional de Lisboa, local da contagem, para pedir aos presidentes de mesas para não contabilizarem todos os votos, deixando de lado os boletins de voto que não tinham cópia do cartão de cidadão do eleitor, para serem analisados mais tarde.

Nesta sexta-feira, Rui Rio anunciou que, na próxima semana, o partido que lidera vai apresentar uma queixa crime no Ministério Público, por causa deste processo.

“Não vamos deixar passar isto em claro. Tem de haver um processo-crime para quem cometeu este crime para que, da próxima vez, estas coisas não aconteçam e não fiquem impunes. Alguém cometeu um crime, objectivamente“, atirou o presidente dos sociais-democratas.

Numa declaração à imprensa, Rio considera que houve intenção, “dolo”, nos responsáveis por este caso, porque “sabiam o que estavam a fazer. É uma situação intolerável, que viola uma série de pressupostos legais”.

Será uma queixa que “nada tem de político”, apesar de a maioria das pessoas que estavam nas mesas em causa está ligada ao PS. Mas Rui Rio reforçou: “Isto não pode continuar assim”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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