Bruno Borges, o “menino do Acre”, como ficou conhecido, voltou para casa. Depois de cinco meses desaparecido, num caso recheado de mistérios, o estudante de 25 anos reapareceu, tendo voltado à casa onde vivia com seus pais.
O estudante de psicologia brasileiro Bruno Borges, de 24 anos, que estava misteriosamente desaparecido desde o mês de março, voltou para casa. Athos Borges, pai do estudante, confirmou à imprensa que o filho apareceu em casa na manhã desta sexta-feira, e diz que o rapaz está bem. “Todos estão aliviados com o seu regresso”, diz o empresário.
Contudo, Bruno Borges não deve ficar muito tempo em casa, devido ao grande número de pessoas curiosas que se aglomeram no local, à espera de saber o que aconteceu com o estudante, que desapareceu deixando 14 livros, mensagens criptografadas e as paredes do quarto forradas com misteriosas ilustrações.
O jovem será nos próximos dias ouvido pela polícia, que vai tentar esclarecer as circunstâncias que levaram ao seu desaparecimento. “Não vamos ouvi-lo hoje, porque este é um momento para ele se reencontrar com a família”, explicou Alcino Júnior, o agente responsável pelo caso.
Desaparecido no dia 27 de março, Bruno Borges deixou no seu quarto 14 manuscritos encriptados, escritos misteriosos nas paredes, tecto e chão, e uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno, cujo valor foi estimado em cerca de 3 mil euros.
A polícia chegou a deter e interrogar Marcelo Ferreira, um amigo de Bruno, depois de terem sido descobertos dois contratos entre os dois jovens, um dois quais autenticado no dia do desaparecimento de Bruno Borges, que estabeleciam percentagens de lucros com a venda dos livros do estudante.
Bruno Borges regressa a casa pouco depois de os pais terem lançado um dos seus livros, “TAC: Teoria da Absorção do Conhecimento”, que entrou para a lista de mais vendidos em várias regiões do país.
De acordo com a editora Renata de Carvalho, responsável pela publicação dos livros do estudante, o próximo livro, “Caminho para a Verdade absoluta”, deverá ser lançado nos próximos 3 s.
Para a Polícia Civil, o conjunto dos contratos, e-mails e mensagens trocadas entre Borges e os amigos, como Marcelo Ferreira, indiciam que o desaparecimento do ‘menino do Acre’ não passou (como se suspeitava) de um plano de marketing do seu livro.
Afinal, quando há dias perguntámos “quanto mais tempo conseguiria Bruno Borges aguentar desaparecido em parte incerta, sem poder colher os louros da sua criatividade e reclamar os direitos de autor de tão peculiar obra?”, a resposta era… 15 dias.
ZAP // CanalTech