Vivemos numa simulação? Uma nova lei da Física pode indicar que sim

7

A pesquisa indica que os sistemas tendem naturalmente para a desordem e há exemplos no nosso Universo que podem ser sinais de que vivemos numa simulação.

Um novo estudo publicado na AIP Physics vem reforçar a hipótese de que o nosso Universo é uma simulação computacional.

O artigo, co-autorado pelo físico Melvin Vopson e pelo matemático Serban Lepadatu, explora a segunda lei da ‘infodinâmica‘, uma variação da conhecida segunda lei da termodinâmica, que estipula que os sistemas tendem naturalmente para a desordem ou entropia.

A pesquisa constata que, em sistemas de informação, a entropia ou permanece constante ou diminui ao longo do tempo, desafiando o entendimento científico convencional, explica o Science Alert.

Vopson e Lepadatu examinaram a aplicabilidade desta segunda lei da infodinâmica em vários campos—genética, cosmologia, física atómica e simetrias matemáticas—e concluíram que ela parece apoiar a ‘hipótese da simulação’.

Na sua investigação, Vopson analisou sequências de RNA de várias variantes de SARS-CoV-2 e descobriu que estas mostravam uma diminuição da ‘entropia da informação’ à medida que mutavam. Esta descoberta sugere que as mutações não são exclusivamente aleatórias, mas são regidas pela segunda lei da infodinâmica.

Adicionalmente, descobriram que os eletrões num átomo se organizam para minimizar a entropia da informação e que, para o Universo se expandir, um aumento na entropia física deve ser compensado por uma diminuição na entropia da informação.

Talvez o mais intrigante seja a noção de que a simetria no Universo, desde flocos de neve a galáxias, pode ser explicada por esta lei.

“Os princípios de simetria desempenham um papel importante no que diz respeito às leis da natureza, mas até agora houve pouca explicação sobre o motivo disso. As minhas descobertas demonstram que a alta simetria corresponde ao estado de entropia de informação mais baixo, explicando potencialmente a inclinação da natureza em direção a isso. “, diz Vopson.

O físico equipara o processo à forma como os computadores eliminam ou comprimem código redundante para otimizar o espaço de armazenamento, dando assim credibilidade ao argumento de que o nosso Universo poderia ser apenas um modelo de computador sofisticado.

Embora ainda teórico, os investigadores propõem que, se vivemos numa simulação, a informação seria o bloco de construção fundamental do Universo, semelhante à forma como os bits funcionam na computação. Vopson até especula que a informação pode ter massa e poderia ser detetada através de colisões de partículas-antipartículas.

O estudo desafia teorias científicas há muito estabelecidas e levanta questões profundas que investigações futuras pretendem validar experimentalmente. Se confirmadas, as implicações poderiam ser revolucionárias, deslocando potencialmente a nossa compreensão do Universo da especulação filosófica para a ciência convencional.

ZAP //

7 Comments

  1. Engraçado é quem fez o estudo não entendeu que a realidade que ele diz é simplesmente a realidade que o ser humano consegue entender ou processar é que existe muito muito mais além dessa ínfima realidade e sim a realidade humana é um uma ilusão do processamento humano mas não entender que o humano não vê a realidade é estranho nesse estudo.

  2. Coitado é aquele que não vai além dos seus sentidos humanos super limitados é vive literalmente na Caverna de Platão mas certamente está cheio de Dinheiro….

  3. Eu já venho com essa teoria desde os 13 anos… Devo ser muito á frente… Como é possível alguém perder tempo e dinheiro com este tipo de teorias, é como dizerem que foi um deus que criou tudo… Ahahahhaahah

  4. estou um pouco céptico, que a Humanidade
    venha realmente a descobrir o que significa verdadeiramente o Universo SE o bigband aconteceu,se há multiuniversos ,o que há depois dos buracos negros.
    porque já estivemos mais longe da proxima Extinção em massa.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.