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Sondagem: Vitória maciça de Farage atira May para quarto nas europeias

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Will Oliver / EPA

O Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May seria a quarta opção dos britânicos nas eleições europeias de 23 de maio, de acordo com uma sondagem do Opinium publicada este domingo pelo jornal The Observer.

Os dados da pesquisa de opinião apontam Nigel Farage, do partido Brexit, como o grande vencedor, conseguindo uma vitória maciça com 34% das intenções de voto – mais do que a soma dos dois partidos tradicionais.

O Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, arrecadaria 21% dos votos. O Partido Liberal-Democrata seria a terceira opção com 12% das intenção de voto, seguindo-se depois o Partido Conservador, com 11% de apoio. O partido de Theresa May seria assim o quarto partido mais votados nas eleições europeias.

O Opinium questionou 2 mil pessoas, entre 8 e 10 de maio, através de meios digitais.

Os resultados causaram “pânico” entre Trabalhistas e Conservadores no Reino Unido, noticia o britânico The Guardian. “Há sinais de pânico crescente e recriminações quer nas fileiras dos Conservadores como nas dos Tabalhistas, à medida que os seus parlamentares tentavam tardiamente levar a cabo operações para ‘travar Farage'”, pode ler-se.

O Partido Brexit foi fundado por Nigel Farage em abril para confrontar os políticos tradicionais que o euro-cético acusa de terem traído o resultado do referendo Brexit de 2016, atrasando assim a saída do Reino Unido da União Europeia.

Uma outra pesquisa, divulgada no jornal Telegraph, faz uma leitura igualmente sombria para o partido de Theresa May. Segundo esta sondagem, o Partido Trabalhista teria 27% dos votos, o partido de Farage 20% e os conservadores 19%.

As europeias decorrem entre 23 e 26 de maio. Os britânicos vão às urnas no dia 23.

ZAP //

3 Comments

  1. Lindo!…
    O Reino (des)Unido continua a mostrar que a idade da democracia não significa melhores políticos ou sequer mais bom senso!…

  2. O problema da idade da democracia, é que não esconde sob o lençol da censura o que se passa na classe política, e nem na sociedade. Neste caso, as viragens no espectro político apenas reflectem o efeito das redes sociais na opinião pública.

    Antigamente, gente estúpida com ideias estúpidas não tinham muita facilidade de comunicar porque eram poucos os que se assumiam e não se ouviam uns aos outros. Com as redes sociais, juntam-se, associam-se, criam contas falsas e berram desalmadamente em posts frenéticamente consecutivos todos escritos em maiúsculas, dando a ideia de serem mais e de terem mais expressão e deste modo, convencendo outras pessoas desorientadas e desiludidas, a juntarem-se a eles por desespero de causa. É o caracter manipulador dos populismos, que seduz as pessoas pegando-lhes pelos seus medos, agora potenciado pela forma como as redes sociais dão voz ao que dantes não tinha expressão… Pelo menos desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

    Ainda bem que há democracia. Quando havia ditadura fazia-se dez vezes pior e ninguém sabia. Agora até se sabe a que horas os políticos foram ao WC, antes mesmo deles puxarem o autoclismo. Mas a malta é assim… Prefere mesmo não saber. Quando sabe, diz que está tudo pior. Já diz o povo: Longe dos olhos, longe do coração.

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