O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai esta terça-feira condecorar o antigo chefe de Estado general Ramalho Eanes com o grande-colar da Ordem Militar de Avis, durante a cerimónia do 10 de Junho em Lagos.
De acordo com o portal das ordens honoríficas, “a Ordem Militar de Avis destina-se a premiar altos serviços militares, sendo exclusivamente reservada a oficiais das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana, bem como a unidades, órgãos, estabelecimentos e corpos militares”.
Segundo a Presidência da República, esta será a primeira vez que é atribuído o grande-colar da Ordem Militar de Avis, o mais alto grau desta ordem militar.
O general Ramalho Eanes foi o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal em democracia, nas presidenciais de 1976, e cumpriu dois mandatos na chefia do Estado, até 1986.
Em novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como “um sábio atento ao presente e ao futuro” e em janeiro deste ano, quando o antigo Presidente completou 90 anos, agradeceu-lhe pelo serviço prestado a Portugal.
“Serviu Portugal nas Forças Armadas. Serviu Portugal no 25 de Abril. Serviu Portugal durante a revolução. Serviu Portugal antes, durante e depois do 25 de Novembro de 1975. Serviu Portugal com a sua candidatura à Presidência da República. Serviu Portugal com a sua recandidatura e reeleição no segundo mandato na Presidência da República”, escreveu o chefe de Estado, numa mensagem de felicitações a Ramalho Eanes.
António Ramalho Eanes nasceu em Alcains, Castelo Branco, em 25 de janeiro de 1935.
Como militar, participou na Guerra Colonial. Depois do 25 de Abril de 1974, foi o comandante operacional do 25 de Novembro de 1975, que marcou o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC), e chefiou o Estado-Maior do Exército.
Após deixar a Presidência da República, veio a liderar o Partido Renovador Democrático (PRD), força política que nasceu quando estava a terminar o seu segundo mandato, inspirada na sua figura, e que foi a terceira mais votada nas legislativas antecipadas de 1985.
// Lusa
Ramalho Eanes não participou na “Guerra Colonial”, participou na guerra do Ultramar na defesa da soberania portuguesa e do direito de todos os habitantes das Províncias Ultramarinas serem cidadãos de Portugal. Foi por isso que estive em Angola de 1966 a 1968, como Alferes Miliciano, tendo tido sob as minhas ordens exclusivamente soldados e sargentos naturais de Angola, brancos, mestiços e negros. E todos eles se comportaram como dignos cidadãos de Portugal, empenhados em defender o seu e nosso país. A minha vida esteve nas suas mãos e nunca por um momento receei que não me defendessem tal como eu os defendia a eles.
Agora sim, concordo com o Nuno Cardoso da Silva. Também estive na Guiné entre 1968 e 1970. Agora só não entendo como o Nuno tem feito comentários que parecem de um comunista. Quem lê este seu comentário define-o como um arreigado patriota sem nada a ver com as gentes da escumalha do PREC.
«Eanes nunca mais» de Vera Lagoa.
De entre os golpistas comunistas do 25 de Abril, Eanes era o mais moderado, mesmo anti-comunista. Foi ele que nos salvou de uma ditadura comunista.
Nasci em Moçambique (em Lourenço Marques), os meus pais perderam tudo quando vieram em 1976.
Hoje pelos discursos de Lidia jorge e do nosso PR (….), tenho vergonha, do Pais que vou deixar aos meus filhos e netos!
Espero que os Portuguese comecem a acordar!