Várias empresas de moldes e plásticos da região de Leiria estão a fabricar viseiras de protecção contra a Covid-19. Uma adaptação em tempos de pandemia que está a levantar atenção no estrangeiro, com EUA e Bélgica a manifestarem interesse em comprar toda a produção de algumas empresas.
A iniciativa de adaptar a produção de diversas empresas da região de Leiria para o fabrico de viseiras de protecção, tão necessárias para diversos profissionais imprescindíveis na luta contra a Covid-19, partiu de uma iniciativa conjunta que contou com a participação do Instituto Politécnico de Leiria e da Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI), além de associações dos sectores dos moldes e da indústria dos plásticos, bem como do Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE).
A parceria alargada permitiu a entrega, nesta segunda-feira, de 4 mil viseiras de protecção, a título de donativo, a bombeiros, GNR, INEM, Cruz Vermelha, Agrupamentos de Centros de Saúde e outras entidades locais de Leiria ligadas às áreas da segurança e da saúde. No final de Março, já tinham sido doadas 3300 viseiras que foram fabricadas por cerca de 10 empresas da região.
A operação coordenada pelo Politécnico de Leiria, no âmbito do projecto “Por Portugal, todos unidos na região de Leiria”, já suscitou o interesse de outros países que manifestaram vontade em adquirir viseiras.
O Jornal de Notícias (JN) apurou que algumas das empresas envolvidas no projecto “receberam contactos da Bélgica e dos EUA a manifestar interesse em comprar toda a produção para se protegerem da pandemia”.
Mas o foco do projecto, nesta fase, é ajudar os profissionais locais que precisem de equipamentos de protecção e que se encontram na “linha da frente do combate à Covid-19”. Depois admite-se que a produção de viseiras pode ser alargada a outras zonas do país e até a nível internacional, como refere o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, ao JN.
Para o presidente da NERLEI, António Poças, a situação é claramente uma oportunidade de negócio para as empresas da região meterem o pé no sector da saúde, em especial as que estão “demasiado dependentes do sector automóvel”.
Entretanto, a Iberomoldes já vendeu viseiras a Bélgica e Holanda e vai comercializá-las também para o México, mas, para já, numa produção em pequena escala. O CEO da Iberomoldes repara ao JN que “produzir dispositivos médicos é um objectivo estratégico da empresa”, logo esta situação pode acabar por ser uma oportunidade de negócio.
Para ajudar as empresas que queiram reconverter as suas produções, a NERLEI abriu um gabinete de crise e uma conta solidária que já permitiu recolher, em apenas uma semana, “dezenas de milhares de euros”, como refere António Poças ao JN.
Aqui está uma boa oportunidade de negócio que poderá ir certamente para além das viseiras e do mercado nacional, para além de se ser inteligente é preciso ser-se atrevido também e aproveitar a oportunidade, estranho é não ver o governo empenhado no auxílio e no interesse destas situações.
O governo está-se literalmente a c$%& para isto tudo. Se realmente acreditasse na indústria nacional tinha ido falar com os seus representantes logo no início de todo este processo.
Neste momento poderíamos estar a produzir tudo e mais alguma coisa. Conheço extremamente bem as empresas de moldes e injeção plásticos de Leiria / Marinha Grande e sei que capacidade de produção não falta por lá. E o mesmo deveria estar a acontecer no têxtil e em empresas de dispositivos médicos que poderiam estar a fabricar máscaras, luvas, etc.
Há pessoas que não percebem o momento em que vivemos. Depois, estranhamente ou não, há pessoas que não entendem que não compete aos governantes gerirem negócios da iniciativa privada. Se fosse para isso, as empresas seriam públicas e não privadas.
Noutros tempos, o Governo até pode dar uma ajuda pois, indiretamente, está a ajudar na economia mas, nestes tempos, ninguém no Governo está a trabalhar na economia expansiva mas, sim, na resolução dos problemas dos mais pobres e necessitados.
Quando a situação da COVID-19 estiver resolvida, será o momento de trabalhar a economia. Até lá, esqueçam…
Ismael Guimarães: Olhe logo uma ajuda coerente seria não cortar as pernas aos empresários, não exigiria investimento do Estado e pelo contrário traria lucros nos impostos. Pelos vistos no meio de toda esta confusão só houve um país que percebeu o momento em que vivemos, o anterior e o futuro, a China, caçaram-nos as empresas, industrializaram-se e à custa da desgraça e inactividade dos outros estão na mó de cima a engordar e de que maneira os seus cofres públicos e privados.
Infelizmente o nosso governo nunca apoia as nossa empresas, prefere sempre comprar fora, vá-se lá saber porque….
Basta vermos exemplos da nossa UMM que quando precisou de ajuda foram comprar Patrol´s
Andamos a comprar ventiladores la fora quando afinal somos bem capazes de os produzir cá e até mais baratos….
O porquê é sempre a parte mais importante de todas as decisões.
O simples facto de (quase) ninguém perguntar diz muito sobre o estado da nossa famosa liberdade.
Quem tem de perguntar são os jornalistas. Se não perguntam então não passam de papagaios e o 4º poder é um eunuco.
No caso dos ventiladores que somos capazes de produzir, pense um bocadinho e responda, e existem neste momento para utilização imediata? É dizer mal só porque sim não é verdade? Melhor dizendo, o meu clube é outro.
Cambada de imbecis que não consegue aceitar que a solução afinal pode estar no partido adversário.
Temos uma indústria quer metalomecânica quer têxtil, que pode aproveitar uma infinidade de oportunidades que, para mal da nossa saúde, se escancaram no horizonte. É hora de os empresários se movimentarem, de as instituições representativas destas indústrias se organizarem, e fazerem o que tem de ser feito, sairmos da completa dependência de um único país que ainda por cima nos trata mal.
Força Portugal.
Espero que o amigo se inclua na “cambada de imbecis” que apregoa dado que eu estou decididamente fora do seu grupo.
A.C.B.S. Você acha que a tal dependência do tal país caiu assim do céu aos trambolhões e que não foi antes por imposição da agora União Europeia que por sua vez nos impôs a globalização, derreteram com tal medida sobretudo industrias do têxtil e do calçado entre outras por toda a Europa e hoje as lojas estão apinhadas de material asiático o qual era antes da globalização criticado pela imprensa ocidental como sendo indigno uma vez ser produzido por trabalho escravo, uma vez o acordo assinado não houve mais imprensa a condenar a situação. Ataram braços e pernas aos industriais europeus agora temos aí o resultado, haja quem cá fique para desmascarar todo este abuso e responsabilizar autores e cúmplices.
Podiam vender ao exterior e oferecer uma quota a Portugal, com o benefício de isenção de impostos!
Amigo Passe bem, o seu comentário reflete inquestionavelmente o sentimento de alguém que se sentiu entalado. Deixe lá, não é só o senhor, há muitos outros nesse grupo.
Caro Pateta. Desconhece-me por completo e tira conclusões erradas. É de facto uma mente pequena, composta de um sistema mononeurónio, em que na ausência de contraditório com outro qualquer neurónio lhe possibilita regurgitar disparates como aqueles que por aqui vemos. Não meça os outros pela sua bitola. E já agora, deixe-se de patetices e de insultos.
Demonstra um profundo desconhecimento da realidade económica do país e do seu tecido empresarial, assim como do permanente circo de interesses que ligam política e economia. Deixe isto para os graúdos e entretanto vá brincar com os legos.
Várias empresas de moldes e plásticos da Marinha Grande…. para sermos mais precisos!
Linha de credito para apoio a empresas duplica para 200 milhões.
São estas as notícias que os “empresários” querem ouvir. É muito mais fácil e seguro enriquecer com ajudas ou subsídios do Estado (nós todos) !