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Vieira continua em domiciliária. MP vai pedir reforço de garantias de caução

O Ministério Público (MP) vai pedir reforço de garantias de caução por entender que o uso das ações da SAD do Benfica não é a forma apropriada.

O Correio da Manhã avança, esta manhã, que o Ministério Público vai pedir um reforço de garantias de caução a Luís Filipe Vieira. O despacho do procurador Rosário Teixeira já foi elaborado e questiona não só o valor do imóvel dado como garantia (1,2 milhões de euros), mas as ações da SAD do Benfica.

Recorde-se que a caução do ex-presidente do Benfica é prestada através de penhor sobre bens mobiliários, neste caso sobre ações de Vieira na SAD, e sobre um imóvel, avaliado em 1,2 milhões de euros.

Em seis meses, as ações variaram de um valor mínimo de 2,2 euros até um máximo de 4,4 euros. A variação faz com que o MP considere que não é possível ter este bem como garantia de quase dois milhões de euros.

Até que haja decisão do juiz Carlos Alexandre e que as garantias sejam prestadas, Luís Filipe Vieira continua em prisão domiciliária sem pulseira eletrónica.

Ao Observador, Manuel Magalhães e Silva, advogado de Vieira, disse que ainda não tinha sido notificado e garantiu que, assim que o for, irá pronunciar-se.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco.

O ex-presidente​ está em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, até à prestação da caução de três milhões, e proibido de sair do país. Está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.

ZAP //

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