Videovigilância é “fundamental” no combate aos incêndios

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Paulo Cunha / Lusa

Eduardo Cabrita quer aumentar a capacidade de apoio à decisão e o combate aos incêndios rurais. Esta quarta-feira, o ministro inaugurou um sistema de videovigilância para deteção de incêndios rurais. 

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou esta quarta-feira “fundamental” a aposta em instrumentos de videovigilância para “aumentar a capacidade de apoio à decisão” e o combate aos incêndios rurais.

Eduardo Cabrita inaugurou, na Guarda, um sistema de videovigilância para deteção de incêndios rurais no território da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE), denominado SARADO (Sistema de Acompanhamento Remoto e Apoio à Decisão Operacional).

O sistema consistiu na colocação de 17 torres com câmaras de vigilância com alcance de mais de 30 quilómetros, que cobrem a quase totalidade do território da Comunidade Intermunicipal e estão ligadas a centros de gestão e controlo, localizados na Guarda e em Castelo Branco.

O SARADO, que foi lançado em 2018 e que representou um investimento superior a 900 mil euros, foi apoiado por fundos da União Europeia, no âmbito de uma candidatura apresentada pela CIM-BSE, que tem sede na Guarda.

Segundo o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM-BSE, Carlos Filipe Camelo, o SARADO “tem como objetivo dotar os agentes de proteção civil de mecanismos que possibilitem uma intervenção mais rápida na verificação de riscos de incêndio e um apoio à decisão mais eficiente no combate aos fogos rurais”.

“Instrumentos como este, instrumentos que permitem melhorar a vigilância, aumentar a capacidade de apoio à decisão, para que o combate, quando necessário, possa ser feito de imediato, reduzindo o risco, reduzindo a probabilidade de os incêndios ganharem grande dimensão, é fundamental”, afirmou Cabrita na cerimónia de inauguração do SARADO, realizada no Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda.

Na sua intervenção, o ministro referiu que modelos do mesmo tipo já estão a funcionar na Beira Baixa, no Médio Tejo, na Lezíria do Tejo e na região de Leiria. “Trabalhos semelhantes estão em fase adiantada de realização no Algarve, em Coimbra, em Viseu Dão-Lafões, no Tâmega e Sousa, no Alto Minho, na área metropolitana do Porto e na área metropolitana de Lisboa”, apontou.

O governante disse ainda que as autarquias “são fundamentais” na parceria e que estão em causa cerca de 10 milhões de euros de investimento, apoiado por fundos europeus que o Estado “decidiu canalizar para esta prioridade” e que “permitirão ter mais segurança” a nível nacional.

A CIM-BSE, com sede na Guarda, é constituída por 15 municípios: 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).

ZAP // Lusa

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  1. Esta é apenas uma das várias medidas que já deveriam ter sido tomadas há muito tempo; terrenos abandonados tal como estão não terão qualquer futuro se não forem entregues a grandes empresas para os reflores-tarem, gerir e manter limpos, soldados nos quartéis durante os meses quentes deveriam fazer patrulhas dia e noite em determinadas zonas do país, entre outras medidas de prevenção que ficariam muito mais baratas do que o que se está a passar com a situação actual e que poderiam garantir outro futuro mais risonho.

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