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“Afeta todas as faixas etárias.” Vídeo em 3D mostra os danos causados pela covid-19 nos pulmões

Com a ajuda da realidade virtual, o Hospital da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, mostrou os pulmões de um paciente de 59 anos infetado com o novo coronavírus.

O hospital universitário George Washington, nos Estados Unidos, divulgou um vídeo em três dimensões que mostra os pulmões de um paciente infetado com o novo coronavírus e os danos que a doença causa no sistema respiratório.

Keith Mortman, chefe da cirurgia torácica, explicou que o doente em causa esteve assintomático durante alguns dias, mas a infeção acabou por se agravar, conduzindo-o aos cuidados intensivos daquela unidade hospitalar.

As imagens 3D revelam danos consideráveis, representados pelas zonas a amarelo, em ambos os pulmões do paciente. “Não se trata de um homem de 70, 80 anos, imunodeprimido ou diabético. Além de tensão arterial alta, não tinha outras patologias. Era um homem que cuidava da sua saúde, e ficou assim.”

De acordo com a CNN, os danos não estão localizados em apenas uma área. Em vez disso, cobrem zonas extensas de ambos os pulmões, uma prova da rapidez e da agressividade desta infeção, mesmo em pacientes jovens.

“Infelizmente, uma vez danificados a este nível, os pulmões podem demorar muito tempo a recuperar. Em 2 a 4% dos pacientes com covid-19, os danos são irreversíveis e acabam por conduzir à morte”, disse Mortman.

Eu quero que as pessoas vejam isto e percebam o que é que o vírus pode provocar. As pessoas precisam de levar isto a sério”, apelou o médico, explicando que apesar de a inflamação ser o mecanismo que o corpo arranja para combater o vírus, ela impede que os pulmões sejam capazes de oxigenar o sangue e de remover o dióxido de carbono.

O hospital norte-americano utilizou a tecnologia de tomografia computadorizada, normalmente utilizada em oncologia, para conseguir estas imagens. Esta inovação está a ajudar os médicos a perceber qual a melhor forma de curar a doença.

“Queremos perceber como funciona o vírus da melhor maneira possível”, rematou Mortman.

ZAP //

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