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“Tenho uma vida miserável”, queixa-se lisboeta expropriado para construção de Mesquita

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iJuliAn / Flickr

Bairro da Mouraria, em Lisboa

Bairro da Mouraria, em Lisboa

“Isto deu cabo da minha vida toda, deu cabo da vida da minha família.” O desabafo é de António Barroso, o proprietário de dois prédios na Mouraria, em Lisboa, que foi expropriado pela Câmara para dar seguimento ao projecto que prevê a construção de uma nova Mesquita na capital.

“Eu era para ter uma vida linda. E hoje tenho uma vida miserável”, queixa-se António Barroso em declarações ao jornal Público, onde lamenta que está falido e que, nos últimos meses, sofreu “dois AVC” e “febre tifóide”. Mas, apesar disso, ele promete continuar a luta contra a Câmara de Lisboa.

Em causa está a expropriação de dois prédios na Rua do Benformoso, na Mouraria, um dos quais servia de habitação e de negócio de arrendamento para António Barroso.

A autarquia tem um projecto de reabilitação para a zona que passa pela construção de uma nova Mesquita e tomou posse administrativa dos dois imóveis em Maio de 2016, conforme relata o Público.

As tentativas que António Barroso tem feito na Justiça, para contestar a expropriação, não surtiram efeito.

Na última das decisões contra ele, o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa deu razão à expropriação com base no “inquestionável interesse público” e apontou a indemnização a atribuir ao proprietário para a ordem dos 600 mil euros.

Mas António Barroso quer receber “mais de um milhão de euros”, “ou que a autarquia lhe arranje outro edifício”, na mesma zona, para “continuar com o negócio e ter um sítio para viver”, conforme relata ao Público.

Esta divergência vem-se arrastando desde o início do processo negocial, depois de a autarquia ter começado por lhe propor uma indemnização de 500 mil euros.

“Estes cavalheiros não têm humanidade nenhuma. Isto é à maneira deles e pronto”, queixa-se António Barroso que aponta o dedo ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e ao vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

“Fomos lá e os cavalheiros propuseram-me o seguinte: davam-me 936 mil euros, mas eu tinha de indemnizar os meus inquilinos”, conta ao Público o proprietário, notando que assim, lhe restariam cerca de 850 mil euros, um valor de “miséria” que não dá para “comprar absolutamente nada”.

“Com este dinheiro nem um andar consigo comprar“, lamenta.

O proprietário argumenta no Público que gastou quase 500 mil euros “nas obras de reabilitação do prédio, que tiveram de obedecer a várias regras patrimoniais – a manutenção dos azulejos e lajes oitocentistas”.

Mas a Câmara entende que o preço exigido pelo proprietário é “excessivamente elevado e não devidamente justificado”.

Entretanto, António Barroso continua a ter que pagar ao banco, todos os meses, à roda de dois mil euros de prestações dos empréstimos que contraiu para adquirir os prédios, há cerca de 10 anos.

ZAP //

18 Comments

  1. Confesso que esta ” treta” de expropriações a mim deixa-me a pensar se isto não é ao estilo de Oliveira Salazar e do Estado Novo!!! Então anda um desgraçado a pagar IMIs, impostos atrás de impostos e de repente ” tiram” aquilo que é dele?!!? A mim certas porcarias fazem-me confusão na medida em que anda aqui uma pessoa bem enganada com esta democracia…
    Com tantos terrenos por lá ao abandono porque não aproveitam um desses!?!? Por exemplo algum baldio que pertence à Câmara!!!…ou convém este porque?!

    • No Saara existe muito terreno livre onde possam construir uma mesquita ou estes querem agora transformar Portugal num país muçulmano, não lhes chega ainda os exemplos vindos de outros países europeus?

      • Eu acho que isto tem contrapartidas. Se os católicos forem para a terra deles também podem construir igrejas em qualquer lado. E até recebem subsídios para essas igrejas, penso eu de que…!

  2. interesse publico? contrução de uma mesquita? um ninho infestado de terroristas? quantos milhões de petrodolares os politicos corruptos lisboetas receberam para avançarem tão rapidamente com este projeto?

  3. e a camara nao tem terrenos que possa ceder? ou esses terrenos da camara sao para outros negicios?
    hoje em dia, da-se cabo de inquilinos para dar lugar a hostels, outros tiram-lhes a casa para construirem uma mesquita.
    realmente so neste pais
    porque nao constroem nos terrenos da antiga feira popular? um terreno que esta a ganhar lixo
    qualquer dia acabam com o bairro da mouraria para construirem outra mesquita de outra religiao
    a mesquita tem que ser mesmo na mouraria? os fieis nao podem andar mais uNs metros?
    mais uma vez a cama à frente dos interesses (nao dos habitantes de lisboa)

  4. Coitado do homem, teve “dois AVC”, “febre tifóide” e tem uma vida miserável com 600 mil euros. Por essa
    ordem de idéias, com a reforma miserável que o estado me dá, eu já teria morrido umas cinco vezes com asma, febre amarela, tuberculose e sarampo.

  5. Há pessoas que não sabem fazer contas. Só olham p/ os nrs mas não olham P/ o q o homem tem de pagar todos os meses ao banco pelo investimento que fez e vem estes sanguessugas e apropriam-se de uma coisa que não é deles alegando interesse publico p/ mesquita?? Andam a enganar quem?? Fazem dos portugueses LORPAS. Deixem de o ser ponham um BASTA nesta gentalha que tomou o poder, nós p/ eles somos escravos mais nada. Portugueses pensem pela v/ cabeça e não vão nas cantigas desta gentalha.

  6. Facil de resolver!!!

    “Reguem” os terrenos com sangue de restos de porco. A mulcumanada ira diser que os terrenos foram profanados e ja nao querem construir a Mesquita nesses mesmos terrenos.
    Assim o fizeram em uma cidade espanhola.

  7. Só por isto, ninguém deveria votar no extremista islâmico disfarçado, que dá pelo nome de Fernando Medina !
    Que lobbi islâmico é este que consegue pagar luvas ao Medina para construir mais uma Mesquita ?!?
    Já não chega a mesquita perto do Corte Inglês ?

  8. Curiosidades… ou talvez não…
    1- Uma mesquita na mouraria? Que lugar seria mais óbvio? Mouraria – lugar de Mouros. Mouros – muçulmanos!
    2- “Medina” – nome/palavra de origem árabe que significa “Cidade do Profeta”, de Medina, a primeira cidade regida pelos princípios teocráticos do profeta Maomé, “inventor” do islamismo.

  9. Uma autêntica vergonha. Não existe algum inquestionável interesse público numa expropriação para a construção de uma mesquita. Por favor parem com esta loucura!!!

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