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Vices de Rio não querem ir nas listas

Miguel A. Lopes / Lusa

Nuno Morais Sarmento e David Justino, dois vice-presidentes de Rui Rio, não serão candidatos a deputados nas próximas legislativas.

A ausência destes dois pesos pesados abre outras vagas num momento em que a direção nacional do PSD faz contas para saber onde encaixar tantos candidatos.

Na hora de negociar, a direção do partido faz contas aos lugares que elegeu em 2015. As estruturas sentem que a bancada parlamentar vai encolher, de acordo com o Expresso, e sentem-se ainda mais defraudadas.

A pressão aumenta a cada dia que passa e vai agudizar-se até 30 de julho, data em que se realiza o Conselho Nacional do partido, em Guimarães. Os homens de Rio querem garantir que há maioria para aprovar as listas e o programa eleitoral.

Mas há problemas para resolver. Em Lisboa, por exemplo, Pedro Pinto, líder da distrital, tem margem quase nula para impor mais do que dois ou três dos seus homens em lugar elegível. Miguel Pinto Luz, indicado pela estrutura e candidato à sucessão de Rio, não será um deles.

No Porto, antevê-se uma razia: poucos do que foram eleitos em 2015 continuarão em funções. Álvaro Almeida e Hugo Carneiro, próximos do líder, são nomes praticamente adquiridos. Alberto Machado também.

Em Braga, Hugo Soares está riscado. O convite a Firmino Marques, vice da autarquia, deixou o aparelho a ferro e fogo: João Granja, vice da concelhia, e Ricardo Rio, presidente da Câmara e mandatário de Hugo Soares, estão contra. Ainda é preciso encontrar lugar para Carlos Eduardo Reis, que apoiou Rio contra Montenegro e vale uns decisivos 13 votos no Conselho Nacional.

Maria Luís Albuquerque está riscada em Setúbal, e Bruno Vitorino, líder da distrital e crítico da direção, ameaça bater com o porta. Em Viseu, a direção do PSD quer impor João Montenegro; Pedro Alves, líder da distrital, não quer; e Fernando Ruas, cabeça de lista e um peso pesado na região, não gosta.

O mesmo serve para Duarte Marques, em Santarém. O ex-líder da JSD ficou fora da escolha final, a direção quer mantê-lo como deputado, e João Moura, líder da distrital, já manifestou o seu desagrado.

Em Viana, Carlos Morais, presidente daquela estrutura, está em risco. Até em Leiria, onde Rio tem em Rui Rocha um aliado, há tensões: a direção quer impor Feliciano Barreiras Duarte, mas o PSD local está contra.

ZAP //

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