André Ventura acha que o presidente da República deveria ser mais reservado e cauteloso sobre o referendo à imigração.
O líder do Chega defendeu nesta terça-feira que o Presidente da República deve adotar uma atitude de “reserva e cautela” quanto à proposta de um referendo sobre imigração e anunciou que lhe pediu uma audiência para abordar esta questão.
“Sendo uma entidade chamada a tomar a decisão final sobre esta matéria, e sem ter recebido ainda a proposta de referendo submetida à Assembleia da República, deveria ter um maior dever de reserva e de cautela sobre essa mesma realização”, afirmou.
André Ventura reagiu, em conferência de imprensa na sede do partido, às palavras do Presidente da República sobre a proposta do Chega, que tinha advertido para a diferença que existe entre a realidade da imigração e as narrativas que se constroem sobre ela.
O líder do Chega anunciou que pediu uma audiência ao Presidente da República “com caráter de urgência” para poder “apresentar, discutir e sensibilizar [para] a importância de um referendo nesta matéria” e explicar a Marcelo Rebelo de Sousa que “o pedido de referendo não é nenhuma atitude nem persecutória, nem de narrativas, nem de perceções”.
“O Chega não quer um referendo sobre a imigração relacionado com perceções ou com narrativas. O Chega quer um referendo sobre a imigração para, à semelhança do que acontece noutros países da Europa, questionar que política migratória queremos para o futuro”, afirmou Ventura.
O presidente do Chega defendeu que esta questão não é “um joguete político, é uma questão estrutural para o futuro, a que os portugueses devem ter direito a pronunciar-se”.
André Ventura indicou que as perguntas que quer colocar à população portuguesa nesse referendo – cuja proposta ainda não deu entrada na Assembleia da República – são: “Concorda que haja uma definição anual de limites máximos para a concessão de autorizações de residência a cidadãos estrangeiros?” e “Concorda que seja implementado em Portugal um sistema de quotas de imigração revisto anualmente, orientado segundo os interesses económicos globais do país e das necessidades do mercado de trabalho?”.
O líder do Chega defendeu que estas duas questões “não sugerem uma resposta, são questões que não são inclinadas, são objetivamente para perguntar aos portugueses se querem continuar com uma política de imigração absolutamente aberta ou se querem controlos”.
Nos termos da Constituição, “os cidadãos eleitores recenseados no território nacional podem ser chamados a pronunciar-se diretamente, a título vinculativo, através de referendo, por decisão do Presidente da República, mediante proposta da Assembleia da República ou do Governo, em matérias das respetivas competências, nos casos e nos termos previstos na Constituição e na lei”.
Trump, mas…
Noutro contexto, André Ventura, disse preferir uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas mas considerou que nem o republicano nem a democrata Kamala Harris são “o melhor que a América podia ter”.
“Eu votaria Donald Trump, mas nenhum dos candidatos […] penso que seja o melhor que a América podia ter, honestamente. E acho que a América podia ter bastante melhor”, afirmou, ressalvando que “a política é o que é” e “só há dois candidatos que podem ganhar”.
O líder do Chega disse que “preferia que ganhasse Donald Trump” nas eleições de novembro.
“Não pela pessoa, mas porque tudo o que Kamala Harris representa é tudo aquilo que nós não defendemos para o mundo”, justificou, acrescentando: “Kamala Harris, em matéria de imigração, em matéria de corrupção, em matéria de crescimento económico, de apoio às empresas, é tudo o que nós não entendemos que deva ser um país. Por isso, preferia honestamente [uma vitória de Trump], dizendo que nenhum dos dois me parece ser o melhor que a América tem”
Sobre o futuro das relações entre os Estados Unidos da América e a Europa após as eleições presidenciais de novembro, André Ventura disse ter a garantia dos republicanos de que mesmo em caso de uma vitória de Donald Trump não só o atlantismo vai continuar a ser uma prioridade, como a NATO também, como Portugal continuará a ter a relação especial e privilegiada que tem com os Estados Unidos da América”.
O presidente do Chega afirmou que os norte-americanos veem Portugal “como um país de grande interesse e isto não vai mudar com uma eventual vitória de Donald Trump”.
ZAP // Lusa
André estiveste a dormir estes anos todos? Marcelo reservado e cauteloso? Só se for no caso das gémeas para não se enterrar mais
Democracia sem a opinião informada do povo… É à portuguesa!
E continuem a não revelar os números dos migrantes, formação, cadastro… E continuem a dar casas e subsídios a todos, a gozarem com o tuga! Assim não vamos lá!
O Presidente Trump é o maior pesadelo do Partido Chega, que é uma fraude, propõe um referendo à introdução de quotas para a emigração por saber que se o referendo se realizar os Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal desde 2012 até à presente data sem qualquer justificação ou critério, vão poder votar e com isso impedir a aplicação de quotas na emigração através do voto contra a essa medida.
O Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, até aprovaria o referendo porque sabe que o não vencerá, e com tudo isto temos a prova que o Partido Chega faz parte do sistema.
A situação é muito grave, os Estrangeiros que estão a ser deslocados para o País têm como objectivo substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção.
«…Pretende-se legalizar mais 600.000 imigrantes até março, quase mais 6% da população portuguesa. Com que critério Com que objetivo? Com que necessidade?…» (https://x.com/RuiRioPT/status/1718707495571538399).