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Ventura gasta 160 mil euros em campanha. É o triplo de Ana Gomes e seis vezes mais do que Marcelo

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Manuel de Almeida / Lusa

O orçamento da campanha eleitoral à Presidência da República do líder do Chega ascende a 160 mil euros, segundo documento oficial a que a Lusa teve acesso, mais do triplo do anunciado pela sua adversária Ana Gomes.

O atual chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou que pretende gastar somente 25 mil euros, metade dos 50 mil euros previstos pela diplomata e ex-eurodeputada do PS.

Já a estrutura do deputado único do partido da extrema-direita parlamentar prevê gastar 25 mil euros só na “conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado” e valor semelhante em “propaganda, comunicação impressa e digital”.

“Estruturas, cartazes e telas” são um item que vai implicar custos de 50 mil euros, enquanto 20 mil euros são destinados a “comícios e espetáculos”, prevendo-se ainda mais 20 mil euros para “brindes e outras ofertas”.

Ainda segundo o documento, as maiores fontes de financiamento da campanha de Ventura são “contribuição de partidos políticos (25 mil euros), “angariação de fundos” (25 mil euros) e “donativos” (100 mil euros), mas o documento não identifica nomes ou entidades. Há ainda a previsão de “donativos em espécie” (cinco mil euros) e outro tanto em “cedência de bens a título de empréstimo”.

Tino de Rans diz-se “candidato do povo”

O ex-autarca de uma freguesia de Penafiel Vitorino Silva, popularmente conhecido como “Tino de Rans”, descreveu-se como “candidato do povo” com “gabinete” na rua, ao formalizar a sua segunda candidatura consecutiva à Presidência da República.

O presidente do partido RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) entregou no Tribunal Constitucional, em Lisboa, cerca de nove mil assinaturas de cidadãos eleitores com vista a oficializar a sua candidatura a Belém.

O meu gabinete é a rua. Não desci de divisão. Há cinco anos, tive 150 mil votos e tenho muito respeito por quem votou em mim e por quem não votou. Pensam que sou um português de segunda, mas também não quero ser português de domingo. Não quero que haja portugueses de primeira e de segunda”, afirmou o calceteiro de 49 anos.

Tino autointitulou-se “candidato do povo e da Póvoa”: “O povo é a gente e a póvoa é a terra, Portugal não tem nove dias nem nove meses, tem nove séculos e tem muito futuro”.

O candidato do RIR sublinhou que o processo de recolha das assinaturas foi “muito duro” devido à pandemia e teve lugar em feiras e estabelecimentos comerciais, nomeadamente junto aos pontos de recolha dos carrinhos de compras aproveitando o facto de haver desinfetante para mãos.

“O PS deu liberdade de voto e há muita gente capaz. Foi uma opção muito feliz do PS porque percebeu que há muitos candidatos que podem ter o apoio de uma grande massa que é a massa socialista. Não tenho dúvidas nenhumas de que há muito socialista que vai votar Tino de Rans“, concluiu, quando questionado sobre o seu antigo partido.

As eleições presidenciais realizam-se em 24 de janeiro de 2021, terminando esta quinta-feira o prazo para a entrega de assinaturas de cidadãos eleitores e formalização das candidaturas junto do Tribunal Constitucional.

ZAP // Lusa

3 Comments

    • Caro leitor,
      O ZAP assume que não publica comentários que não respeitem a boa educação, o civismo, e de forma geral o seu Estatuto Editorial.
      Se com isso ganha ou perde idoneidade, depende da perspetiva. Na nossa, só a tem enquanto o fizer.

  1. Basta, ou Chega, que os “fregueses” a quem o espantalho safou de pagarem IVA ( ver processo Vistos Gold), enquanto era inspetor tributário, contribuam com 1%, até pode fazer a campanha de Ferrari.

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