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Ventura atirou um verbo que mostra a sua “fraqueza” – e não vai haver protesto dos polícias

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Paulo Novais/LUSA

André Ventura, reza na Igreja de Santa Cruz (Coimbra)

Polícias não vão manifestar-se no Parlamento, como sugeriu o presidente do Chega, que disse que precisa deste protesto.

André Ventura pediu aos polícias que se manifestassem no Parlamento (dentro e fora) na próxima quinta-feira.

A ideia do presidente do Chega é uma manifestação de “força” com polícias durante a discussão de uma proposta de aumentar o subsídio de risco – suplemento de missão – a GNR, PSP e Corpo da Guarda Prisional.

Mas os polícias não concordam e não vão fazer qualquer protesto no Palácio de São Bento.

“Nós não deliberámos, nós não acordámos, no seio do sindicato, nenhum protesto para o dia 4”.

O esclarecimento é de Paulo Jorge Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

Não devemos confundir a acção política, que cabe aos partidos, com a acção sindical, que cabe aos sindicatos”, continuou, no Diário de Notícias.

Paulo Jorge Santos admite que podem aparecer polícias em frente ao Parlamento – têm “todo o direito” a ir – mas será sempre a título individual, nunca em grupo organizado.

Bruno Pereira, porta-voz da plataforma das associações e sindicatos da PSP e da GNR, avisa Ventura que “estes apelos não são próprios, nem são competências próprias, nem se espera que um líder político apele, seja a polícias, seja a qualquer outro sector da administração pública”.

Precisar = fraqueza

Voltando ao apelo de André Ventura, há um momento que se destaca no vídeo que está reproduzido aqui acima.

“No dia 4 precisamos de vocês. (…) Preciso que venham para o Parlamento, nas galerias e fora do Parlamento, mostrar a força”.

Em poucos segundos, o líder do Chega diz duas vezes que precisa dos polícias.

Helena Matos acha que este apelo “quase pessoal e directo” mostra que André Ventura “está numa situação de fraqueza”.

“Ele usa a expressão ‘preciso’. Note-se: ‘preciso’. Ou seja, ‘eu preciso’. E, de facto isto é verdade: André Ventura precisa de mostrar força“, anotou, na rádio Observador.

“O que temos aqui é um perdedor perigoso (após as europeias) a tentar, de alguma forma, recuperar a agenda, usando para isso as forças de segurança”, completou Helena.

No entanto, e indo de encontro às reacções dos sindicatos (que surgiu mais tarde), a comentadora avisa que as forças de segurança não precisam de “deixar André Ventura colar-se desta forma às suas reivindicações”.

ZAP //

7 Comments

  1. Forças de segurança não precisam de “deixar André Ventura colar-se desta forma às suas reivindicações”

    Isto é no mínimo curioso e muito interessante politicamente, se não houver muitos policias ( a titulo individual) para apoiar a votação sobre o que eles reivindicaram, então não só vão tirar muita força política ao chega como vão acabar por perder o apoio do chega, que mal ou bem tem sido o único partido a defender os direitos deles , como podem dizer adeus às reivindicações, porque passam a mensagem que apenas são bonecos nas mãos dos politicos.
    Lutaram contra o Costa mas não querem chatear o Montenegro.

    Por outro lado, se aparecerem muitos o sindicato fica enfraquecido porque claramente manifestou-se de forma política e não de acordo com o interesse das forças de segurança!

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  2. Esta criatura , torna-se cada vez mais ridícula . “Chegará” o Dia en que será também incomodado com a Justiça , Ele e seus capangas . O Populismo doentio , tem os Dias contados !

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  3. Quando a afirmação que os policias não se vão manifestar é dita pelos sindicatos, julgo estar tudo dito…. Toda a conversa tentando ridicularizar o André Ventura não passa de demonstração de ignorância e ataque político, não fosse os sindicatos estarem ligados a CGTP e UGT braços direitos dos partidos de esquerda peritos na manipulação subliminal da opinião publica.
    Quando os sindicatos, PCP, BE etc… proclamam manifestações aí sim faz todo o sentido…… O Povo português adora ser manipulado.

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  4. Então mas o aventuras não é o maior manipulador cá do sítio, que até copia abordagens e discursos iguais extremistas de outros países. Curiosamente não tem a mesma intensão com outros grupos profissionais, porque será? Pensem… Usem o cérebro!

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  5. Joe, não diga asneiras, nem todas as organizações sindicais são afetas aos partidos de esquerda. Os bófias simplesmente perceberam, finalmente, que estavam a ser instrumentalização pelo chega e decidiram marcar uma posição mais independente em relação à isso, e muito bem, na minha opinião.

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