O aquecimento global já está a ter efeitos devastadores na economia mundial, afectando a produtividade de trabalhadores por todo o mundo, mas as consequências vão agravar-se ao ponto de ser impossível trabalhar em certos locais do planeta.
A previsão é de um relatório divulgado pela ONU esta terça-feira, que vaticina que a economia mundial pode perder mais de dois mil milhões de dólares (1.800 milhões de euros) até 2030 devido à perda de produtividade provocada pelo aquecimento global.
De acordo com a Fundação Reuters, tornar-se-á impossível trabalhar em algumas partes do mundo devido às altas temperaturas, de acordo com o relatório da ONU que refere que se espera uma queda do PIB em 43 países.
A ONU prevê que, em 2030, o PIB da Indonésia e da Tailândia sofra quedas de 6%, na Índia de 3,2% e na China de 0,8%, em consequência da falta de produtividade.
“As condições climáticas actuais nas zonas tropicais e sub-tropicais do mundo são já tão quentes durante as estações quentes que os efeitos na saúde no trabalho já se verificam e a capacidade de trabalho de muitas pessoas é afectada”, refere o autor do estudo e director do Fundo Internacional de Saúde e Ambiente (HEIT), Tord Kjellstrom, citado pela Reuters.
No sudeste da Ásia, estamos a falar, já no presente, da perda de até 20% de horas anuais de trabalho e até 2050, esse valor pode duplicar à medida que os efeitos do aquecimento global se agravam, segundo prevê o relatório.
O aumento crescente das horas de descanso vai tornar-se “um problema significativo”, nota ainda Kjellstrom, antecipando que as alterações climáticas vão tornar os dias cada vez mais quentes e criar maiores períodos de calor excessivo.
Os trabalhadores mais mal remunerados, os que efectuam tarefas manuais, agrícolas e fabris, são os que arriscam maior exposição ao calor e, logo, consequências maiores em termos de saúde e de economia.
Kjellstrom desafia assim os países a tomarem medidas imediatas e decisivas contra o aquecimento global.
“O falhanço provocará a frequência e intensidade dos desastres com agravamento considerável para lá de 2050 e a situação no final deste século, será especialmente alarmante para as pessoas mais pobres do mundo”, avisa.
Junho foi o mês mais quente da História moderna
As temperaturas têm subido de forma drástica nos últimos tempos e 2015 foi o ano mais quente de sempre desde que se começaram a registar os dados, no século XIX.
Um ano tão quente que fica também, associado ao pior El Niño de sempre que ainda está a ter reflexos por todo o mundo, nomeadamente no Pólo Norte, que está 30 graus mais quente.
O último mês foi o Junho mais quente na História moderna, marcando o 14º mês consecutivo de recordes de registos de calor, anunciou a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos EUA.
“A temperatura média global sobre superfícies terrestres e oceânicas em Junho de 2016 foi a maior dos meses de Junho no registo de dados de temperatura do NOAA, que remonta a 1880”, disse a agência num comunicado.
“Isto marca o 14º mês consecutivo em que o registo de temperatura global foi quebrado, a maior sequência num registo de 137 anos”, lê-se também no documento.
ZAP / Lusa
Assim, esses trabalhadores ficam assados e os donos do dinheiro livram-se deles…
As máquinas entretanto inventadas, farão o trabalho…
Logo, os donos disto tudo, colocados ao fresco em em locais bem aprazíveis deste “nosso” planeta, terão ainda mais dinheiro que talvez emprestem aos “parolos”