O presidente da Aliança Global para as Vacinas, José Manuel Durão Barroso, afirmou que, com a covid-19 a tornar-se endémica, “vamos ter que lutar contra ela adaptando a resposta vacinal a diferentes tipos de mutações”.
Ao Público, indicou que não falhou por muito a previsão avançada em dezembro, de que em 100 dias haveria condições para “termos vacinas de segunda geração”.
“Estava a haver esforços para vacinas de nova geração e agora em Inglaterra já estão a distribuí-las. São sempre vacinas que vão procurar responder à mutação do vírus, pode haver algum atraso”, explicou o antigo presidente da Comissão Europeia, à margem da participação no Summer CEmp, uma iniciativa da representação da Comissão Europeia em Portugal, que decorre na Ribeira Grande, nos Açores.
Sobre a disponibilidade das vacinas para o inverno, apontou: “estamos em agosto, ela [a vacina] já foi encontrada”. Quanto ao acesso generalizado às vacinas de segunda geração antes do final do ano, disse que “depende da capacidade de escalar a produção e também depende das pessoas depois terem meios para as distribuir”.
“O mais provável é que esta doença continue como endémica e seja necessário adaptar vacinas periodicamente, como acontece com o vírus da gripe”, notou.
“Mas tanto quanto sei, não há ainda certezas absolutas sobre esta matéria, é um assunto em que estão a trabalhar ainda. Este vírus da covid-19 tem sido de facto terrível porque teve mutações muito agressivas, muito transmissíveis”, referiu.
Ao que acrescentou: “os cientistas, os melhores centros de investigação do mundo, estão a recolher todas as informações possíveis para ir adaptando a resposta do ponto de vista de vacinas e também de medicamentos aos desenvolvimentos possíveis e prováveis”.
Coronavírus / Covid-19
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