Um novo estudo descobriu que as vacas preferem interagir com os seres humanos cara a cara e que ficam os animais ficam mais relaxados com este tipo de interação do que quando ouvem uma voz gravada.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Medicina Veterinária de Viena, na Áustria, quis descobrir se as vacas respondem de maneira diferente ao som das vozes gravadas em comparação com a voz “viva” de um ser humano a falar diretamente com os animais.
O novo estudo, cujo artigo científico foi publicado no dia 15 de outubro na Frontiers in Psychology, sugere que “falar ao vivo é mais relaxante para os animais do que gravar uma voz humana”, disse a investigadora Annika Lange. “As interações podem ser menos positivas quando se tornam artificiais através da padronização”, completou.
A equipa trabalhou com um rebanho de 28 bovinos e comparou os benefícios de acariciar as vacas enquanto reproduzia uma gravação da voz de um investigador, ou acariciar enquanto falava diretamente com os animais. Os resultados mostraram que falar ao vivo era o melhor “intensificador de humor” para os animais.
Segundo o EurekAlert, a variabilidade da frequência cardíaca era maior quando se falava diretamente com os bovinos, o que indica que os animais se estavam a divertir com a interação humana. Além disso, depois dessa “conversa direta”, as frequências cardíacas foram mais baixas do que após ouvirem uma voz gravada, o que mostra que os animais ficaram mais relaxados.
Normalmente, uma vaca mais relaxada tende a esticar o pescoço, “como faz quando se limpa”, esclarece a investigadora. “Além disso, acredita-se que as posições das orelhas podem indicar o humor dos animais: orelhas caídas e posições mais baixas parecem estar ligadas ao relaxamento.”
Esta pesquisa envolveu apenas um rebanho e uma única gravação, pelo que Lange quer mais investigações para obter resultados mais precisos e verificar se estes são válidos para diferentes rebanhos e situações.