/

O único terrorista sobrevivente dos atentados de Paris está isolado, paranóico e não fala

5

(cv) RTBF

Salah Abdeslam, autor do atentado ao Bataclan em Paris, era “o homem mais procurado da Europa”

Salah Abdeslam vive isolado, em depressão, sem falar com ninguém e obcecado com limpar tudo o que está à sua volta. O governo francês receia que se suicide antes de ir a julgamento.

Nos atentados que aconteceram há dois anos em Paris, 130 pessoas morreram. Deste número, 89 morreram no Bataclan, quando terroristas explodiram durante um concerto dos Eagles of Death Metal. Desses 89, sete foram os próprios terroristas, numa missão suicida.

Mas um deles sobreviveu para contar a história. O que ninguém estava a à espera era que Salah Abdeslam entrasse numa depressão profunda, recusando-se a falar com quem quer que fosse e isolando-se em Fleury-Mérogis, a maior prisão da Europa.

Durante 24 horas por dia, as câmaras de vigilância estão apontadas a Salah. Desde que foi preso, da sua boca não se ouviu uma única palavra. Nem aos guardas, nem nos interrogatórios, nem sequer aos seus advogados. Facto que, aliás, já fez dois dos advogados contratados inicialmente tenham renunciado, convencidos de que nunca irá falar.

Quem também receia que o terrorista nunca chegue a falar é o governo francês, mas por medo que o homem que está acusado de ser o autor intelectual dos atentados, ou seja, o “cérebro” por trás da operação, se suicide antes de chegar a sentar-se no banco dos réus.

A direção do estabelecimento prisional já atenuou algumas das medidas a que Abdeslam estava sujeito e que o confinavam a um isolamento social propício à depressão: Salah Abdeslam já não está separado das visitas por um vidro e a cela já não tem isolamento sonoro. Ainda assim, continua sem poder ter qualquer contacto com os outros prisioneiros.

Neste momento, o terrorista pode ter quatro ou cinco visitas mensais, geralmente da mãe ou do irmão, e cartas de admiradores. O resto do tempo é passado na cela, deitado na cama, obcecado com limpar tudo à sua volta, especialmente alimentos.

A previsão é que o julgamento só aconteça “em 2019 ou 2020”, uma vez que a investigação aos atentados de 13 de novembro ainda está em decurso, segundo o L’express.

Antes de ser julgado pelos atentados de 13 de novembro, Salah Abdeslam deve ir a tribunal já no dia 18 de dezembro, mas em Bruxelas, pelo tiroteio que começou com um grupo de polícias em março de 2016, dias antes de ser detido. Ainda que já tenha aceite ir à Bélgica para participar no julgamento, a justiça francesa ainda não decidiu se autoriza a viagem do terrorista.

ZAP //

5 Comments

  1. Se fosse na China já lhe tinham feito a folha de despacho para o caixão, não merece nada. Deviam abate-lo da mesma maneira que ele abateu gente inocente. Não vale o ar que respira.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.