Uma época num clube? Para Pedro Emanuel, tem sido complicado

Treinador foi novamente despedido. Desta vez só “durou” pouco mais de um mês, no Al Nassr. Estoril e Almería também foram estadias de curta duração. 

Pedro Emanuel deixou de ser o treinador do Al Nassr, nesta semana. A direcção do clube da Arábia Saudita não deu mais margem ao treinador, que tinha assinado contrato pouco mais de um mês antes do seu despedimento, quando foi anunciado como sucessor do brasileiro Mano Menezes.

O técnico só teve tempo para estar presente em cinco jogos. No campeonato, em três tentativas, não conseguiu qualquer vitória. Um empate, duas derrotas e apenas o nono lugar no campeonato.

O único triunfo surgiu logo na sua estreia, ao golear o Al Wahda por 5-1, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões da Ásia. No entanto, nas meias-finais do mesmo torneio, a sua equipa perdeu por 1-2 frente ao Al Hilal e assim não chegou à final.

Esse duelo teve duas particularidades para os adeptos portugueses: Pedro Emanuel contra Leonardo Jardim, nos bancos; e no relvado estiveram Vincent Aboubakar e Moussa Marega, que formaram a dupla de ataque no FC Porto noutros tempos. Agora Aboubakar é jogador do Al Nassr e Marega (que marcou um golo) está no Al Hilal.

Este período foi realmente curto (41 dias) mas, nos últimos anos, Pedro Emanuel não tem conseguido “agarrar” o lugar de treinador de uma equipa durante muito tempo, nos últimos anos.

O antigo defesa começou por ser treinador dos juvenis do FC Porto, onde foi campeão nacional em 2010. Aí passou para os séniores e foi adjunto de André Villas-Boas, com o sucesso que se sabe na famosa época 2010/11.

Depois, a estreia como líder de uma equipa principal: na Académica. E sucesso na primeira temporada: a conquista da Taça de Portugal, algo raro no currículo do clube de Coimbra. Seguiram-se igualmente dois anos num clube, no Arouca, conseguindo a manutenção nessas duas temporadas.

Mas a passagem por Arouca foi a última que durou duas temporadas completas. E mesmo ficar num clube durante uma época tem sido complicado.

Em 2015/16 foi para o estrangeiro pela primeira vez. Pelo Apollon Limassol venceu a Taça do Chipre e a Supertaça do Chipre no primeiro ano mas, a meio da segunda época, foi despedido.

O ano seguinte, 2017, marcou o seu regresso a Portugal. Estoril seria a paragem seguinte, a primeira passagem curta: contratado em Março, despedido em Outubro, quando estava no último lugar do campeonato. Ao todo, pouco mais de 20 jogos.

Depois, uma época inteira num clube. Foi no Al Taawoun, da Arábia Saudita, país ao qual voltou neste ano.

Em Agosto de 2019 estreou-se em Espanha, na segunda divisão, no comando do Almería. Estava em posição de subida de divisão e na luta pelo título, mas saiu três meses depois.

Janeiro de 2020: Al Ain, Emirados Árabes Unidos. Algo mais estável, desta vez, pois permaneceu por lá até Maio deste ano.

Por fim, esta estadia de seis semanas no Al Nassr.

Fazendo outra contabilidade, verificamos que Pedro Emanuel já passou por seis clubes em pouco menos de cinco anos. Embora haja vários casos mais nómadas, no mundo dos treinadores do futebol.

Nuno Teixeira, ZAP //

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