Um em cada dez funcionários escolares está de baixa médica. A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escola Públicas acha “irrealista” a legislação que define os funcionários necessários.
Segundo um inquérito da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), um em cada dez funcionários escolares está de baixa médica. A associação considera “irrealista” a legislação que define os funcionários necessários.
O inquérito foi realizado entre os dias 14 e 20 de fevereiro junto das escolas sobre assistentes operacionais (AO) e assistentes técnicos (AT) ao qual responderam 192 diretores, ou seja, “25% do universo das escolas do continente”, explicou à Lusa o presidente da associação, Filinto Lima.
De acordo com o responsável, 83% dos diretores escolares queixa-se da falta de funcionários e, segundo contas da ANDAEP, seriam precisos quase mais quatro mil funcionários para as escolas poderem funcionar normalmente.
No período em análise, “quase dez por cento dos funcionários estavam de baixa médica”, alertou Filinto Lima, que sublinhou ainda que o estudo confirmou o alerta lançado pelos diretores da falta de funcionários.
Segundo o inquérito, dos 7.301 assistentes operacionais colocados naquelas escolas, 702 estavam “incapacitados para desempenhar as suas funções”. Como principais razões para a escassez de assistentes operacionais, o relatório aponta as baixas médicas de longa duração e a idade avançada de alguns trabalhadores.
Além disso, as escolas deparam-se com funcionários com relatórios médicos que definem que têm de desempenhar serviços moderados, licenças sem vencimento e trabalhadores em meia jornada. “Óbitos, aposentações e rescisões” foram outras das razões apontadas pelos diretores para a escassez de assistentes operacionais.
O não cumprimento do rácio definido na legislação também aparece nesta lista: Dos 7.445 assistentes operacionais que aquelas escolas deveriam ter, estavam colocados apenas 7.301. No entanto, mesmo que fosse cumprida a legislação, os diretores consideram que continuariam a ter problemas, já que os rácios “são irrealistas, porque não preveem vários critérios”, explicou Filinto Lima.
Segundo os diretores não é tido em conta a dimensão das escolas, os diversos serviços ou a necessidade de acompanhamento permanente de alunos que precisam de auxílio permanente, “pois não são autónomos para comer, tomar banho, utilizar a casa de banho, deslocar-se para as salas”, especifica o estudo da ANDAEP.
Escolas dispersas geograficamente ou com necessidade de vigilância, estabelecimentos de que têm ensino noturno e desdobramento de horários são outras das realidades escolares que os diretores dizem não estar previstas nos rácios. O problema estende-se também aos assistentes técnicos, ou seja, aos funcionários que trabalham nas secretarias.
Os diretores dizem que a legislação não contabiliza o número de crianças do pré-escolar e de alunos do 1.º Ciclo para cálculo do rácio e que o rácio fica aquém das efetivas necessidades e colocações.
Dos 1.829 funcionários que as escolas deveriam ter, estavam colocados apenas 1.691, sendo que destes havia 168 assistentes que estavam incapacitados para desempenhar as suas funções (cerca de 10% do total). As principais razões para a falta de AT voltam a ser as baixas médicas de longa duração.
ZAP // Lusa
BAIXA MÉDICA??É EURIPA MAS PARECE BRASIL…KKK..NÃO VÃO ME DIZER QUE VOCÊS CAIRAM NO CONTO DOS SOCIALISTAS TAMBÉM..NEGÓCIO DO GOVERNO NUNCA FUNCIONA DIREITO..É DAÍ PARA PIOR..A ÚNICA FORMA DO GOVERNO FORNECER ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE SERIA ATRAVÉS DOS VAUCHERS..CADA ALUNO TERIA UMA VERBA E ESCOLHERIA A ESCOLA…O RESTO É RESTO..