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Um carro movido a energia solar? Bom. Um carro-casa movido a energia solar para fazer 3 mil km? Melhor ainda

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Projeto foi desenvolvido por estudantes universitários holandeses, cujo trabalho em veículos movidos a energia solar é já conhecido. O Stella Vita será testado numa viagem de longo curso pelo sul de Espanha já este mês, onde o grupo quer demonstrar que o veículo é um investimento seguro a logo prazo.

A utilização de tecnologias e fontes de energia alternativas para alimentar transportes tem sido recorrente ao longo dos últimos anos face à crescente preocupação e consciencialização da população em relação às questões ambientes.

A luz solar, por exemplo, tem sido uma opção recorrente no que respeita, num outro âmbito, ao fornecimento de energia para o aquecimento de casas, mas também, em casos isolados e mais inusitados, para mover veículos — área onde a energia elétrica tem prosperado.

Agora, um grupo de estudantes da Universidade de Eindhoven prepara-se para dar mais um passo na consagração destas fontes de energia aplicada aos transportes e às viagens de longo curso, lançando-se num périplo pela Europa que se prolongará por 2,896 quilómetros. No entanto, o carro a ser utilizado foge à noção de “carro” que assalta a mente humana quando o termo é referido.

Na realidade, o carro em causa, batizado Stella Vita, equipara-se mais a uma casa, na qual se pode usufruir de uma sala de estar, de um chuveiro, uma mini-cozinha e até um sistema de entretenimento.

O modelo foi desenhado pela Solar Team (equipa Solar, em português) da universidade que, segundo as informações disponibilizadas “inovaram sem preconceitos e sem pressões das exigências do mercado“. A prioridade foi sempre trabalhar em direção a um futuro mais sustentável onde o sol é, efetivamente, a estrela-guia.

Um dos desafios que a equipa enfrentou consistiu na incorporação de todos os elementos que fazem de um espaço uma “casa” sem comprometer as características que tornam o carro “conduzível”, aponta a Interesting Engineering.

Outra das características que torna o Dubbed Stella Vita mais especial é o telhado expansível que, quando o veículo está imobilizado, é impulsionado pelo sistema elétrico. Desta forma, a área de captação de luz solar aumenta para 17.5 metros quadrados, o dobro do que é possível usar quando no modo anterior.

No que respeita à área anterior, de lazer, esta mede dois metros quadrados, espaço suficiente para duas pessoas, mas também um sofá, uma mesa, uma cama e uma pequena cozinha.

O sistema de entretenimento, por sua vez, também providencia informação aos ocupantes do veículo sobre a energia que está a ser consumida, mas também a que está a ser produzida (através da captação de luz solar).

O objetivo desta funcionalidade é que as pessoas se tornem mais conscientes dos impactos ecológicos decorrentes das suas atividades diárias e, consequentemente, reduzí-los.

A viagem que a Solar Team planeia realizar terá como destino o sul de Espanha, onde, em contacto com os locais, tentarão dar a conhecer o projeto — à semelhança do que planeiam fazer em universidades e instituições de ensino para inspirar estudantes a prosseguir os seus projetos de inovação.

Os políticos são também outro grupo com quem os estudantes pretendem interagir, dado o seu poder para operar mudanças significativas no curso das alterações climáticas.

Um problema que não deverão sentir durante a viagem que tem data de início prevista para 19 de setembro, segundo o site Auto Evolution, é a autonomia do carro que desenvolveram, já que, segundo as estimativas dos próprios, este é capaz de percorrer 730 quilómetros todos os dias. Ainda assim, esta viagem é daquelas cujo caminho percorrido é mais importante do que a distância e velocidade alcançada.

O foco do grupo de estudantes é demonstrar que o Dubbed Stella Vita é um veículo capaz de cumprir com os requisitos dos utilizadores e uma aposta segura a longo prazo. “Não é preciso pagar por eletricidade, podemos ter a certeza que é 100% movido a energia verde e é se independente da infraestrutura que cada país oferece”, explicou Kjell Revenberg, diretor do projeto.

ARM/ZAP //

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1 Comment

  1. “Dubbed” ficou do artigo em inglês onde foram buscar a informação, não faz parte do nome e simplesmente repete a noção de “batizado”

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