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Última mensagem do submarino revela entrada de água e princípio de incêndio

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Armada Argentina / Twitter

Submarino ARA San Juan da Armada Argentina

Ainda não há rasto do submarino argentino ARA San Juan, volvidos 13 dias desde o seu desaparecimento. Mas foi divulgada a última mensagem emitida pela tripulação, antes de a embarcação ter desaparecido, e confirma a ideia de avaria nas baterias, provocada pela entrada de água do mar.

A última comunicação efectuada pelo submarino argentino ARA San Juan, antes de ter desaparecido, no passado dia 15 de Novembro, revela uma entrada de água na embarcação, que provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio na zona das baterias.

A mensagem, divulgada pelo canal argentino A24, terá sido emitida por rádio-frequência, pouco tempo antes de se ter perdido todo o contacto com o submarino, adianta o El Clarín.

“Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação no tanque de baterias N.º 3 provocou curto-circuito e início de incêndio na varanda das barras de bateria. Baterias de proa fora de serviço. De momento em propulsão de imersão com circuito dividido. Sem novidades de pessoal manterei informado.”

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, referiu-se a esta mensagem, acrescentando que o comunicado do submarino dá conhecimento de “entrada de água pelo tubo respiratório, um curto-circuito e o início de um incêndio, que é fumo sem chamas”.

Balbi realça que o problema “foi corrigido, a bateria foi isolada e navegaram com outro circuito”, com o submarino a ser “impulsionado com o circuito de popa”.

“Não tinha torpedos de combate”, assegura ainda o porta-voz da marinha, notando que “o submarino não pode ter explodido por armamento” e que “não há nenhum indício” de que tenha sofrido um ataque do exterior, conforme cita o La Nación.

“Se temos uma explosão, o organismo que a detectou informou que foi leve para eles, comparada com uma explosão nuclear”, frisou Balbi.

“Pode ter havido um incêndio, uma combustão rápida que consome o oxigénio e pode dizer-se que foi uma implosão”, acrescentou, segundo cita o El Clarín.

Já foi confirmada a existência de uma explosão na zona onde o submarino se encontrava, mas não se sabe se ocorreu dentro ou fora da embarcação.

Cinco dos tripulantes são árbitros de futebol

Cinco dos 44 tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, que está desaparecido há 13 dias, são árbitros de futebol na cidade de Mar da Prata, afirmou o representante do sindicato local de homens do apito, Hugo Rojas.

Roberto Medina, Jorge Ortiz, Sergio Cuéllar, Celso Vallejos e Víctor Coronel são os cinco tripulantes que, além das funções que desempenham na Marinha argentina, são árbitros.

Hugo Rojas afirmou, em declarações à televisão TN, que tem esperança que o submarino seja encontrado, com os tripulantes com vida, o que o leva a afirmar que “não pensa em suspender nenhuma atividade desportiva”.

As buscas pelo submarino que leva 44 tripulantes a bordo ainda não deram qualquer resultado, apesar de mobilizarem meios aéreos, navais e logísticos de 13 países.

SV, ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Como podem afirmar, que não houve, relato de emergência? Será que entrada de água, e curto circuito, seguido de incêndio, não é para a tripulação, uma situação de emergência, mas uma situação normal, num submarino? Como é possível, não o terem detectado ainda? Será que está camuflado, por detrás de um cardume de carapaus?

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