UE reconhece que falhou e agravou o conflito israelo-palestiniano

1

fotomaec / Flickr

Josep Borrell, Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE)

Josep Borrell, alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros

Josep Borrell reconheceu, esta segunda-feira, que houve um “falhanço político e moral” que agravou conflito israelo-palestiniano, “e as populações israelita e palestiniana estão a pagar um preço alto por isso”.

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell reconheceu que o agravamento do conflito israelo-palestiniano é “resultado de um falhanço político e moral coletivo” e que nada foi feito para o resolver realmente.

“Este falhanço político e moral é resultado da nossa falta de vontade para resolver o problema israelo-palestiniano”, disse Borrell, na abertura de uma conferência com embaixadores, em Bruxelas.

“A substância do problema israelo-palestiniano não é religiosa ou étnica. É um problema de duas populações que têm o mesmo direito a viver no mesmo território, por isso, precisam de partilhá-lo”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.

Faltou um plano credível

“Sim… Comprometemo-nos formalmente com a solução dos dois Estados, mas sem um plano credível para atingir esse objetivo”, lamentou Borrell.

Contudo, hoje “não há condições para a partilha” e não há solução. “Ou melhor, havia. Lembram-se de Oslo? Há 30 anos? Tínhamos isso, mas não o implementámos de todo! A violência aumentou, os números são dramáticos. É demasiado… O que é que aconteceu?”, questionou Josep Borrell, perante os embaixadores dos 27 Estados-membros da UE.

Citando o antigo Presidente norte-americano Barack Obama, o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros recordou que a “estratégia militar de Israel tem de obedecer à lei internacional, incluindo a que procura evitar a morte e sofrimento das populações”. “Ignorar o custo humano pode fazer ricochete”, comentou.

Josep Borrell reconheceu que “a tragédia humanitária em Gaza não tem precedentes” e disse que os “melhores amigos de Israel” têm de transmitir a Telavive que “não pode estar cega pela raiva”, utilizando uma expressão utilizada pelo atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

A destruição do movimento islamista Hamas “não vai resolver o problema em Gaza”, advertiu.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. “…o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros recordou que a “estratégia militar de Israel tem de obedecer à lei internacional, incluindo a que procura evitar a morte e sofrimento das populações”.
    Mas, isso não foi o que ex-CEO da Web Summit disse e foi crucificado por causa disso? Estes políticos são umas marionetas!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.