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União Europeia incentiva estados a subir impostos sobre combustíveis poluentes

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Hamed Saber / Wikimedia

Uma revisão da diretiva da Tributação da Energia introduz o princípio do poluidor-pagador, com taxas superiores para os combustíveis mais poluentes.

Na quinta-feira, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, referiu que a aplicação do futuro Mecanismo de Ajustamento de Carbono nas Fronteiras deverá gerar uma receita de cerca de dez mil milhões euros em 2030.

Uma parcela de 20% desse montante entrará diretamente nos cofres comunitários como nova receita própria do orçamento da União Europeia, para amortizar o pagamento do empréstimo contraído para financiar o fundo de recuperação “Próxima Geração UE”.

os restantes 80% serão guardados pelos Estados-membros para “utilizar em políticas de apoio à transição climática”, revelou.

Após a apresentação do pacote regulatório “Fit for 55”, que tem como objetivo atingir a meta estabelecida pela Lei do Clima de redução em pelo menos 55% das emissões de CO2 no bloco europeu até 2030, a Comissão começou a pôr alguns números nas diferentes propostas legislativas que agora começarão a ser negociadas com os Estados-membros e o Parlamento Europeu.

As primeiras contas confirmam que o processo de transição para uma economia neutra em carbono terá uma fatura pesada, que em breve se vai sentir no dia a dia: na energia, nos combustíveis, em algumas matérias-primas, nos materiais de construção. Também muitos produtos do quotidiano vão encarecer.

“A mudança de preço será um sinal claro para as empresas e os consumidores de que devem fazer escolhas e investimentos que sejam ambientalmente mais sustentáveis, e mudar para as energias renováveis”, disse Paolo Gentiloni, citado pelo Público.

A Comissão vai ainda incluir novos produtos, como a querosene, o “jet fuel” e os combustíveis navais, na diretiva, e remover todas as exceções e isenções ao pagamento da taxa mínima.

Também vai ser aplicado o princípio do poluidor-pagador, o que irá obrigar os Estados-membros a carregar nos impostos dos produtos que causam maior dano ao ambiente e ao clima, nomeadamente a gasolina e o gasóleo.

Em termos de redução de emissões, a estimativa é que as novas regras resultem numa diminuição de 5% do CO2 libertado para a atmosfera pela indústria da aviação em 2030.

O efeito da medida será muito maior em 2050, quando se prevê uma redução de 60% das emissões que resultam dos voos na UE.

ZAP //

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9 Comments

  1. Tem uma lógica brutal, é a mesma lógica de em Lisboa não poderem circular carros anteriores a 2000 em certas zonas, no entanto se comprar um carro novo de um modelo que ira poluir o triplo ou mais já pode.
    A lógica seria a partir de X emissões de co2 não podem circular isso sim, infelizmente a única lógica que existe é a lógica dos €€€€€

    • Mas a lógica de ir ao bolso é a única que funciona! Deixemo-nos de ilusões. Vai fazer o quê, deixar de andar de carro quando chega ao limite x? É isso que faz sentido? E entretanto continua a poluir em vez de mudar para transporte não poluente de uma vez por todas. Não não, use transportes públicos se achar que a gota está cara. Isso sim faz sentido. Ou então compre não poluente.

      Pois convenhamos uma coisa, o que propõem é mudar para ficarmos na mesma. A camingada está cheia de contradições, é certo. Mas é para a frente.

    • isto de proibir os carros anteriores de 2000 é uma treta
      imagine que tem um modelo de dezembro de 1999 e o mesmo modelo de janeiro de 2000
      se ambos sao iguais, porque um fica proibido e o outro pode circular à vontade?
      pena que os carros dos governantes nao pagam esses imposto e gastam bem e tambem poluem

  2. Mais um passo para destruir a classe trabalhadora e a industria Europeia.
    Estas ideias de estes políticos idiotas, que nunca tiveram que trabalhar e mandam bitaites baseado apenas em teorias de outros idiotas, vão acabar por destruir a UE.
    Obviamente que devemos trabalhar para diminuir a poluição e termos mais cuidado e respeito com a natureza, mas estas políticas apenas tem como objetivos favorecer aos amigos à custa dos mais desfavorecidos, com a desculpa do ambiente.
    Continuem com estas tretas e a UE vão ver como a Europa (EU) vai acabar mal.

    • Demagogia. Usando um certo cinismo, diria que 90% da poluição tem como base a classe trabalhadora. Um exemplo: os capitalistas não inventaram as fábricas, estas surgiram como uma forma de alimentar e fazer sobreviver milhões incontáveis que já não conseguiam sobreviver do trabalho agrícola. Para empregar esses incontáveis milhões foi preciso construir e construir milhões de fábricas e sem olhar à poluição. Chegou uma altura de dizer chega, a continuar será a classe “trabalhadora” a pagar. Temos que escolher, ou queremos as fábricas a funcionar e sabemos que não funcionam sem poluição ou preferimos a sucata poluente a que chamamos automóvel movido a combustíveis fósseis? Temos que fazer escolhas, entre o acessório0 e o importante: fábricas ou sucata rolante?

      • Sem duvida vamos optar pelas fábricas para matar a fome aos desgraçados… que raio de pensamento mais estupido. Porque tem tipos que escrevem estas medas?!?!?!

  3. Que tal, e melhor, incentivar os transportes Públicos nas Localidades mais remotas do (Portugal dos Pequeninos) que somos ?……. Localidades essas que sem o “carrito”, nem un kilo de arroz se pode comprar. Há Aldeias que são abastecidas por os corvos !….VIVA a desertificação !

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