Ucrânia muda a guerra, atacando na Crimeia. Mas queixa-se de Espanha: “Até Portugal foi mais generoso”

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Vasiliy Zhlobsky / EPA

Dia na guerra marcado por diversas explosões na Crimeia: situação da guerra estará diferente, caso se confirme que tem havido ataques ucranianos.

Mais um dia na guerra na Ucrânia, desta vez marcado por diversas explosões na Crimeia.

Recorde-se que esta região, que está sob controlo russo há oito anos, é um ponto importante no conflito, sobretudo para o lado da Rússia, que inicia ali diversas operações no terreno.

Ao início do dia, um depósito russo de munições explodiu, no norte da Crimeia. Haverá duas pessoas feridas na sequência da explosão e cerca de duas mil pessoas terão sido retiradas do local.

Perto da aldeia de Dzhankoi, foi danificado um armazém militar dos russos. Linhas elétricas, central nuclear, linha de comboio e prédios residenciais também foram atingidos, segundo os russos.

Sergei Shoigu, ministério da Defesa da Rùssia, falou em sabotagem: “Foi um acto de sabotagem. Estão a ser tomadas medidas necessárias para eliminar as consequências da sabotagem”.

As Forças Armadas da Ucrânia serão os responsáveis por esta manhã de explosões na Crimeia.

“A operação desmilitarização, com a precisão das nossas Forças Armadas, vai continuar até os territórios ucranianos estarem completamente desocupados”, disse Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelenskyy, de acordo com a BBC.

Caso se confirmem estes ataques ucranianos, é um sinal de mudança na guerra: a Ucrânia passou a contra-atacar e tenta entrar na Crimeia, ocupada pela Rússia.

Espanha diferente de Portugal

Para atacar o adversário, Zelenskyy tem repetido constantemente o pedido: armas provenientes do estrangeiro.

A Espanha assegurou que iria bater recordes, no que diz respeito a auxílio militar à Ucrânia, mas esse envio de armas tem sido “decepcionante“, lê-se no jornal El Mundo.

Camiões espanhóis chegaram de facto à Ucrânia, mas deixaram as armas e regressaram. Os ucranianos pensavam que iriam ficar também com as viaturas.

Também deveriam ter sido entregues tanques da reserva espanhola. Era precisa uma autorização da Alemanha mas os alemães indicam que nunca foram contactados sobre esses 40 tanques de origem alemã.

As desilusões e as surpresas provenientes de Espanha fizeram mesmo com que Espanha se tornasse o único país a irritar e a “enfurecer” os responsáveis ucranianos, acrescenta o jornal espanhol.

Até Portugal, um país mais pequeno, foi muito mais generoso“, indica um perito militar, que preferiu o anonimato.

Portugal enviou para a Ucrânia cerca de 315 toneladas de material militar.

ZAP //

2 Comments

  1. Estes pedintes… Exigem, recebem e como acham que deviam ter recebido mais, ainda se enfurecem!!!

    Ridículo… nem mais um cêntimo!

    • Ridículo é você. Estão a defender-se, a lutar pela vida e pela liberdade deles, e até certo ponto, pela sua (talvez que não, e que você queira que o politburo stalinista mande em Portugal e arredores, mas se for isso, quero é que te lixes e vás cantar para longe, …, e por exemplo, para a Rússia).
      É completamente natural que peçam isto e aquilo, e até que no calor das situações façam “exigências” pois precisam disso como “pão pá boca”. Queria-o mesmo ver na mesma situação. Falar de longe e quando se está na zona de conforto, é muito fácil emitir opiniões (da treta).
      Ganhe vergonha e perceba que às vezes ficar calado é uma forma de se mostrar inteligência e de se ser poeta, e você perdeu uma grande oportunidade para brilhar e mostrar serviço nessas duas áreas.

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