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Turista confundido com Uber é espancado por taxista no Chiado

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Mário Cruz / Lusa

Um taxista agrediu um turista de origem asiática que parou numa praça de táxis para dar boleia aos familiares, no Chiado, em Lisboa. A agressão aconteceu nesta terça-feira à tarde depois do taxista confundir o homem com um motorista da plataforma Uber.

Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa revelou que a vítima parou a viatura num local reservado a táxis para esperar pelos familiares. O taxista pensou que se trataria de um motorista da concorrente Uber e começou uma discussão que acabou em agressões, segundo avança o Correio da Manhã.

O turista acabou por ser transportado para o Hospital de São José com ferimentos leves. O taxista e várias testemunhas foram identificadas no local pela PSP. O alerta foi dado às autoridades às 14h30.

Este é só um dos muitos casos que se têm vindo a registar de agressões de taxistas a outros motoristas. As agressões dão-se por os motoristas em causa serem trabalhadores da Uber ou, por se parecerem com trabalhadores da Uber.

Histórico de outras agressões

Em março de 2016, um condutor da Uber e as duas turistas que se preparavam para seguir viagem na sua viatura foram agredidos por um grupo de taxistas, em frente ao hotel Ipanema Park, no Porto.

Dias depois, e também neste hotel localizado no Porto, registou-se um outro episódio de violência de taxistas sobre um motorista da Uber.

Também em março, um passageiro diz ter sido “cercado por um grupo de oito a dez taxistas” quando se preparava para apanhar uma viatura Uber no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto.

A 16 de março de 2016, a PSP identificou também um taxista como sendo o alegado autor de danos numa viatura parada junto à estação de Campanhã, no Porto. Na altura, um cidadão terá sido vítima de agressões verbais e queixou-se de que a sua viatura sofreu danos diversos.

A 16 de fevereiro do mesmo ano, à porta do hotel Sheraton, no Porto, dois motoristas da Uber foram também agredidos por quatro pessoas, duas das quais taxistas.

Também em setembro de 2016, uma motorista que trabalha com a Uber acusou um taxista de a ter atacado com fezes de animais. O incidente ocorreu no Porto e o agressor não chegou a ser dentificado pela polícia.

ZAP //

23 Comments

  1. Pois, e é assim que esta antiga profissão de taxista vai acabar/mudar as suas definições.

    Não querem concorrência mas tudo o que fazem em relação a isso é criar uma imagem negativa de todos os taxistas. E depois admiram-se que o povo passe a usar os serviços da Uber. Desculpem lá, Srs taxistas que nada de mal fizeram, mas a minha confiança no vosso serviço esta muito em baixo.
    Se querem permanecer relevantes vão ter que alterar em muito essas atitudes. Trogloditas pagos ao volante? Não, obrigado.

  2. O Taxista em questao sabe que pode fazer o que fez porque nada lhe acontece. Os interesses dos taxistas estao bem defendidos por uma mafia politica e economica a qual a justica se verga. Se pelas atitudes que sao relatadas desde que apareceu a Uber ja tivessem sido julgados e condenados conforme o previsto na Lei de certeza que ja tinham parado. Senao vejamos, em Campanha niguem pode ir levar ou buscar amigo ou familiar junto da entrada mesmo que de mobilidade reduzida pois arrisca-se a ser insultado, agredido ou no minimo levar com ovos. Nas Galerias Paris nao se pode ir buscar os filhos pois a rua, sem espaco de manobra, vira uma praca de taxis. E o que faz a autarquia? Nada! O que faz a Policia Municipal? Nada! O que faz a PSP? Nada! O que faz a CP? Nada! Acrescento que felizmente tambem existem bons profissionais nos taxis, educados e respeitadores.

      • Nao estava la. Nas outras situacoes em que estive denunciei e chamei a Policia de Transito. Ainda espero por eles…. e ja agora que fizes-te tu?

      • No caso da noticia nao estava la.
        Nos casos que relatei chamei a Policia de Transito e ainda estou a espera!

        Nao julgues os outros a tua imagem!

      • Eu?!
        Mas eu nunca vi nada disso!!
        Ainda há pouco fui buscar o meu patrão precisamente a Campanhã, parei e não aconteceu nada (nem levei com ovos nem nada, que, segundo o teu comentário, é o “mínimo”)!!
        Portanto…

  3. O taxista pensou que se trataria de um motorista da concorrente Uber, assim que esta tudo bem.
    Identificaram o taxista e pronto, ele sendo um profissional da condução, esta habilitado a ofender qualquer motorista de Uber ou alguém que se aparente ser da Uber, e se necessário agredir … desde que de uma forma profissional, claro.

    Acho que identificarem o taxista é uma penalização pesada, ate porque um profissional da condução deveria nem ter de esperar no local, afinal de contas, não vamos escamotear o facto de que o turista se pareceu a um motorista da Uber, talvez por se vestir de uma forma normal e muito provavelmente conduzia um carro que parecia limpo e apresentável (estes turistas tem cá uma lata), e alem disso parou num local para taxis.

  4. Os táxi convencionais deixaram de ser uma opção de transporte.
    Estes taxistas labregos não são gente fiável …

    Cabify, com segurança e educação !

    • Deixaram de ser, nas grandes cidades!!
      Nas aldeias remotas são essenciais para boa parte da população idosa; por lá ainda não vi ninguém da Uber ou Cabify…

  5. Um taxista que me confunda com a Uber e me venha agredir quando eu parar o carro no aeroporto. Uma chave de trocar pneus no dentinho que o gajo ficava ali, porreiro pá. Então eu agora ía ser saco de boxe de fogareiros?.. Espera lá que já!

  6. A foi não ser uma menina ou menino virgem! Pois senão teria sido violada/o pois é como as leis foram feitas para serem violadas “palavras dos senhores taxistas”!!!!
    Esta gente é do pior eu não uso nem táxis nem URBER mas estes senhores designados taxistas que são condutores profissionais são os piores condutores que se podem ver nas estradas sem respeito pelas regras e pelos restantes condutores!
    Sempre que me cruzo com um é só asneiras, limites de velocidades, desrespeito das sinaléticas, de semáforos… de regras… são do piorio!
    Em zonas de 50 circulam pela faixa mais á esquerda fazendo o sinal passar a vermelho e seguem como se nada fosse e os outros que parem… as rotundas é como der mais jeito!
    …. Não sei que dizer!

  7. Pois… enquanto particular já fui confundido com um Uber… no aeroporto de Lisboa… enquanto Uber, já cuspiram, insultaram, quase abalroaram e refilaram com os clientes… pura estupidez numa base de defesa pelos direitos!!
    Porque nós, motoristas Uber, não precisamos trabalhar… andamos 12h atrás de um volante por puro gosto…
    Ridícula a forma de como se defendem os direitos!!

  8. Nao estava la. Nas outras situacoes em que estive denunciei e chamei a Policia de Transito. Ainda espero por eles…. e ja agora que fizes-te tu?

  9. Soube de um estrangeiro meu amigo que teve a má ideia de apanhar um taxi no aeroporto.
    O sebento do taxista exigiu até o dinhero das portagensl!
    Quandos será que acabam com esta profissão?

    • E nós. ..nas aldeias…deslocavamos-nos de carroça, não ?
      É muito bonito viver nas cidades, com tudo e mais alguma coisa…mas nas aldeias não há UBER, sabem porquê? Não há Hotéis nem Aeroportos. …os taxistas são os únicos que fazem trabalho profissional e social,acima de tudo.
      Nos meios isolados é preciso andar com os idosos pela mão, pelos hospitais, centros de saúde, serviços, etc..já quando nem a familia quer saber deles…para além de outras coisas que não interessam à UBER…a estes, este tipo de serviço não interessa. Que desconhecimento do pais…enfim!

      • Exactamente!
        Há gente que pensa que o país (e o mundo) são apenas a “bolha” onde vivem!…
        Ainda há pouco vi um taxista do interior a ir buscar um saco de 20Kg de ração os coelhos ao supermercado e a entregar na casa de uma idosa.
        A idosa nem conseguia pegar no saco, quanto mais ter força /capacidade para o ir buscar ao supermercado a kms de distância, o que sem a preciosa ajuda do taxista, seria um problema.
        Portanto, antes de escreverem disparates, deviam pensar que nem todos são os taxistas vigaritas brutos do aeroporto, etc…

  10. É esse o espirito! A Enfermagem em Portugal deveria estar imbuída do espirito do taxismo, e mostrar que é forte, tanto para reivindicaçoes, como para se defender de criminosos disfarçados de pacientes, que agridem profissionais de saúde, e tentam atropelar elementos das forças de segurança pública.

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