Trump diz que usar máscara é um ato “patriótico”. EUA com mais 60 mil casos em 24 horas

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Chris Kleponis / EPA POOL

O Presidente dos Estados Unidos defendeu, esta segunda-feira, o uso de máscara de proteção como um gesto “patriótico”, depois de ter permanecido durante muito tempo com uma posição ambígua sobre o tema.

“Estamos unidos para vencer o invisível vírus chinês, e muitas pessoas dizem que é patriótico usar uma máscara quando não se consegue manter o distanciamento social. Não há ninguém mais patriótico do que eu, o vosso Presidente favorito!”, escreveu o Presidente norte-americano, Donald Trump, no Twitter.

No domingo, segundo a AFP, Trump afirmou que não tencionava obrigar o uso de máscara a nível nacional para mitigar a pandemia, apesar do constante aumento diário de casos e de mortes nos Estados Unidos.

A 11 de julho, recorde-se, o chefe de Estado usou, pela primeira vez em público, uma máscara de proteção, durante uma visita a um hospital militar dedicado à covid-19, nos subúrbios de Washington.

Pessoas próximas do Presidente disseram à agência Associated Press que Trump receava que uma máscara o fizesse parecer fraco e que desviasse o foco para a crise de saúde pública e não para a recuperação económica.

O Presidente dos EUA também anunciou que vai retomar as conferências de imprensa regulares sobre a pandemia de covid-19, que se realizaram quase todos os dias durante o mês de abril.

“Eu fazia isso e tínhamos muita gente a assistir, com audiências recorde na história da televisão por cabo. Foi inigualável”, disse hoje Trump aos jornalistas, alegando que se trata de “uma forma muito boa de informar as pessoas”.

Trump foi muitas vezes criticado por tentar tirar proveito político das conferências, desviando o seu objetivo de política sanitária, tornando-as em palco para seu próprio benefício, em ano eleitoral.

Agora, o Presidente diz que voltará a participar nessas conferências, mostrando-se entusiasmado com as possibilidades de largas audiências televisivas. “Farei às 17h00, como sempre. Temos um bom nicho de audiências”, concluiu.

De acordo com o mais recente balanço da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos registaram, nas últimas 24 horas, mais de 60 mil casos de covid-19 pelo sétimo dia consecutivo.

Segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, até às 20h30 de segunda-feira, registaram-se 61.288 novas infeções, elevando o total de contágios desde o início da pandemia a 3,82 milhões.

A doença provocou a morte de 448 pessoas nas últimas 24 horas, com o país a totalizar agora 140.922 óbitos.

ZAP // Lusa

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