O Presidente dos Estados Unidos voltou, esta sexta-feira, a ameaçar a Coreia do Norte e disse que a opção militar está pronta para ser acionada.
“As soluções militares estão plenamente operacionais, preparadas e armadas, para o caso de a Coreia do Norte se comportar imprudentemente. Espero que Kim Jong-un opte por outro caminho”, escreveu Donald Trump na sua conta do Twitter.
A declaração insere-se numa escalada da retórica entre Washington e Pyongyang. Na terça-feira, Trump ameaçou o regime coreano com “fogo e fúria nunca vistos” se Pyongyang persistir nas ameaças aos EUA.
Em resposta, os norte-coreanos disseram estar a preparar planos para atacar a base norte-americana em Guam, 3.430 quilómetros a sudeste da Coreia do Norte.
O exército norte-coreano “está a analisar seriamente o plano” para executar um ataque envolvendo quatro mísseis Hwasong-12, de médio alcance, em direção a Guam para enviar “um forte sinal de advertência aos EUA”, disse, esta quinta-feira, a agência oficial norte-coreana KCNA.
A China já pediu aos dois países para “mostrarem prudência” e “agirem mais ativamente” visando acabar com “uma situação tensa”.
“Apelamos a todas as partes para mostrarem prudência nas suas palavras e ações e a fazerem mais para atenuar as tensões”, declarou Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado.
Devem esforçar-se para “aumentar a sua confiança mútua em vez de recorrerem a velhas receitas que consistem em encadear demonstrações de força”, adiantou o governo chinês.
No entanto, segundo a Reuters, o jornal estatal chinês Global Times também já deixou um alerta: vai ser neutra se a Coreia do Norte lançar primeiro um ataque mas irá reagir se forem os EUA a atacar a Coreia do Sul.
“A China deve deixar claro que se a Coreia do Norte lançar mísseis que ameacem o solo dos EUA e os EUA retaliarem, a China vai ser neutra. Se os EUA e a Coreia do Norte realizarem ataques e tentarem derrubar o regime norte-coreano e mudar o padrão polícia da Península da Coreia, a China vai impedi-los”, cita o Diário de Notícias.
A China, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, aprovou no sábado uma sétima série de sanções económicas internacionais contra a Coreia do Norte, em resposta aos disparos do país de mísseis intercontinentais.
O país propôs várias vezes uma dupla “moratória”: a paragem simultânea dos ensaios nucleares e balísticos de Pyongyang e dos exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul.
ZAP // Lusa