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Trump diz que, se for eleito, Clinton vai parar à prisão

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Saul Loeb / EPA

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O candidato republicano à Casa Branca disse que, se for eleito Presidente dos Estados Unidos, vai investigar Hillary Clinton devido ao caso dos ‘emails’ e que, sob a sua liderança, já estaria “na prisão”.

Durante o segundo debate entre os dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump voltou a atacar a candidata democrata por ter usado um endereço de correio eletrónico privado enquanto secretária de Estado (2009-2013) e ameaçou, caso chegue à Casa Branca, nomear um procurador especial para a investigar.

Em resposta, Hillary Clinton voltou a admitir que cometeu um “erro” com os emails e garantiu estar “muito comprometida” em lidar de forma séria com informação classificada.

“É de facto muito bom que alguém com o temperamento de Donald Trump não seja responsável pela lei no nosso país”, declarou, impelindo o republicano a responder: “Porque estarias na prisão”.

Naquele que foi o segundo debate entre os candidatos, considerado por muitos como um debate “feio” e “assustador”, não faltou a troca de acusações acerca dos abusos de Trump contra mulheres.

O magnata negou ter atacado sexualmente mulheres e disse que as “respeita”, respondendo à recente divulgação de um vídeo de 2005 em que se ouve Trump a fazer comentários degradantes sobre uma atriz de telenovelas, com uma linguagem considerada vulgar e ofensiva.

Quando Clinton trouxe o assunto para cima da mesa, o republicano voltou a dizer que se tratou de “conversa de balneário” e sublinhou que já pediu desculpa à sua família e aos cidadãos dos EUA.

A democrata considerou que as declarações neste vídeo não foram fruto de um momento excecional, mas sim um reflexo de “quem Trump é”.

“Tudo o que vimos e ouvimos na sexta-feira foi Donald a dizer o que pensa sobre as mulheres, dar-lhes pontos pela sua aparência”, acrescentou.

Ao mesmo tempo que se defendia destas acusações – que incluem suspeitas de que o candidato republicano agarrava de forma sexual mulheres contra a sua vontade – Trump apontou o dedo ao antigo Presidente e marido de Hillary, Bill Clinton, acusando-o de ter um comportamento muito pior.

Momentos antes de o debate começar em St. Louis, no Missouri, Trump surgiu em público, perante os jornalistas, com quatro mulheres que acusaram o ex-Presidente de assédio sexual.

Sondagens dão vitória a Clinton no segundo debate

De acordo com uma sondagem da CNN, Hillary ganhou o frente-a-frente – reunindo 57% dos votos e Trump 34% – mas a amostra utilizada será mais democrata do que republicana, porque há mais democratas a ver os debates.

Entre os entrevistados, 63% considerou, no entanto, que o magnata teve melhor prestação do que no primeiro debate, há duas semanas – já 15% respondeu que o desempenho de Trump foi semelhante e 21% que esteve pior.

No caso de Clinton, 39% disse que a sua prestação melhorou, 34% que foi igual e 26% que piorou.

O próximo debate decorre no dia 19 de outubro, em Las Vegas, e as eleições para eleger o novo Presidente norte-americano realizam-se a 8 de novembro.

ZAP / Lusa

5 Comments

  1. Mais uma vez a deturpação/interpretação (tendenciosa) da “imprensa” (letra minúscula e entre aspas porque a maioria “dessa” não merece qualquer respeito). Trump não disse que iria processar a Hillary. Disse sim que, se fosse eleito, (que espero bem que não) iria mandar investigar o assunto. Investigar e processar são coisas bem diferentes. Mas tem mais impacto assim, não é ZAP/Lusa?

    • Caro Mais uma vez,

      De facto, a palavra “processar” aparece no primeiro parágrafo da nossa notícia.

      Sendo essa a primeira e a única vez que o termo foi usado, podemos concluir que terá sido um erro do jornalista que a escreveu e não uma intenção de que a notícia tivesse mais “impacto”.

      Mesmo assim, agradecemos o seu reparo. O erro já foi corrigido.

      • Muito bem. Gostei. É raro, mas admitiram o erro (?).
        Nota: Quando está assinado ZAP/Lusa, a notícia e da vossa responsabilidade. Partilhada… Mas vossa, portanto descartar no jornalista, (partindo do principio que foi MESMO erro) não fica muito bem. De qualquer forma é um ponto positivo, (o facto de assumirem o erro) mas é como se fosse uma gota no deserto. No meio de tantos negativos… Enfim. Mas é um passo (muito pequenininho)

      • Caro Mais Uma Vez,
        Mesmo que esteja assinada só “/Lusa”, a responsabilidade de publicar uma peça, que não enjeitamos, é sempre (só) nossa.
        Não temos qualquer problema em assumir os nossos erros, e uma simples pesquisa de “obrigado pelo seu reparo” no Google prova-o.
        O que nos incomoda não é assumir os erros, é ter acontecido mais vezes do que gostaríamos 😐

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