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Trump reage ao eventual julgamento de destituição: “Absolutamente ridículo”

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Stefani Reynolds / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente cessante dos Estados Unidos considerou “absolutamente ridículo” que outro julgamento de destituição seja aberto no Congresso, dizendo que essa possibilidade está a causar uma “tremenda raiva” no país.

Donald Trump, que arrisca um segundo processo de destituição, cuja acusação será discutida na Câmara de Representantes na quarta-feira, também disse que não deseja nenhuma forma de violência no país.

Em declarações aos jornalistas, na Casa Branca, antes de partir para uma viagem ao Texas, onde visitará as obras do muro de fronteira com o México, o Presidente republicano disse que o processo de destituição que lhe está a ser preparado “é uma coisa terrível que eles estão a fazer”, sem explicitar a quem se referia.

Vários congressistas republicanos têm juntado a sua voz aos democratas na vontade de retirar os poderes presidenciais a Trump, a quem acusam de ter instigado as cenas de violência no Capitólio, na passada quarta-feira, num esforço para travar uma transição pacífica de poder.

Trump arrisca tornar-se o primeiro Presidente a ser alvo de dois julgamentos de destituição durante o seu mandato, num país ferido por profundas divisões políticas.

As autoridades norte-americanas alertaram para potenciais protestos armados em Washington e em alguns estados, ainda antes da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, organizados por apoiantes de Trump.

Num presságio sombrio, o monumento em Washington foi fechado ao público e a cerimónia de posse do 46.º Presidente dos EUA será realizada sem a presença de público.

Entretanto, Mike Pompeo cancelou hoje a sua última viagem ao estrangeiro como secretário de Estado norte-americano, com destino à Bélgica, para poder apoiar o Presidente perante um eventual processo de destituição no Congresso.

O chefe da diplomacia dos EUA, uma das figuras mais leais do Presidente cessante, decidiu ficar em Washington para facilitar uma “transição suave e ordenada” com a equipa do Presidente eleito, Joe Biden, segundo um comunicado do Departamento de Estado.

Pompeo deveria viajar para Bruxelas, na quarta e quinta-feira, para se encontrar com a sua homóloga belga, Sophie Wilmès, e com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para discutir a importância das parcerias transatlânticas, frequentes vezes ameaçadas pela estratégia do Presidente Trump nos últimos quatro anos.

Embora Mike Pompeo tenha condenado o ataque ao Senado, nunca se demarcou politicamente do Presidente, mesmo nesta reta final de mandato, ao contrário de um número crescente de republicanos.

ZAP // Lusa

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