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Anexar Canadá, tomar o poder no Canal do Panamá e na Gronelândia: Trump quer criar o maior país do mundo?

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Filippo Attili/EPA

Donald Trump

Futuro presidente dos EUA voltou a sugerir controlar as três regiões – e em duas delas admite ataques militares. “Não estamos à venda”.

A questão não é nova mas, nesta terça-feira, Donald Trump reiterou as ambições sobre anexar o Canal do Panamá e a Gronelândia, “pela força se necessário”.

Numa conferência de imprensa na residência particular de Mar-a-Lago, na Florida, o próximo Presidente dos Estados Unidos voltou a falar das ambições expansionistas, um tema que já tinha defendido no anterior mandato como chefe de Estado (2017-2021).

Questionado sobre se poderia garantir que não utilizaria as Forças Armadas para anexar o Canal do Panamá, um ponto vital para a navegação internacional, e a Gronelândia, um território autónomo da Dinamarca, Donald Trump respondeu que não pode apresentar qualquer garantia: “Não me vou comprometer com isso”.

Panamá

O Presidente eleito já declarou em várias ocasiões que pretende anexar o Canal do Panamá, construído pelos Estados Unidos e inaugurado em 1914, se o preço das taxas para os navios norte-americanos não for reduzido.

Na mesma conferência de imprensa, Trump voltou a criticar o acordo assinado em 1977 pelo então Presidente Jimmy Carter (1924-2024), que levou à transferência do controlo do canal para o Panamá em 1999; o canal era controlado pelos EUA até então. Serve para deslocações de navios entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Nesta terça-feira, Trump acusou o Panamá de impor taxas de passagem demasiado caras aos navios dos EUA, além de repetir que a China controla o canal.

Gronelândia

Paralelamente, o filho do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump Júnior iniciou na terça-feira uma visita privada à Gronelândia.

“A Gronelândia é um lugar incrível assim como os habitantes locais, se e quando fizerem parte da nossa nação, vão beneficiar enormemente (…) ‘MAKE GREENLAND GREAT AGAIN!’, escreveu Donald Trump nas redes sociais.

O território autónomo dinamarquês, que procura obter soberania mas continua financeiramente dependente de Copenhaga, é cobiçado pelos recursos naturais – embora a prospeção de petróleo e a extração de urânio sejam proibidas.

A região é também importante do ponto de vista geoestratégico sendo que os Estados Unidos têm uma base militar na Gronelândia.

Canadá

Mas anexar o Canadá também está nos planos de Trump. O presidente eleito acha que os EUA gastam demasiado dinheiro a proteger o país vizinho e que estão a perder muito dinheiro no comércio com os vizinhos.

Defende uma espécie de fusão – aqui não com poder militar, mas sim com “força económica”; considera que seria mais simples. E ameaçou aplicar tarifas sobre produtos do Canadá.

Donald Trump já tinha dito que o Canadá poderia passar a ser o 51.º estado dos EUA.

EUA, Gronelândia e Canadá juntos, num só país: “Trump, a desenhar com canetas de feltro: “Se juntar isto aqui em cima e esta ilha, os EUA ficam o maior país do mundo!””, escreveu o jornalista Luís Ribeiro.

Os jornalistas da France Presse que estiveram na conferência de imprensa referiram que “como de costume, foi difícil distinguir entre anúncios reais e exageros nas declarações sensacionalistas” de Trump.

Reações

Sendo anúncios reais ou exageros, esta conferência de imprensa já originou reações de altos responsáveis.

“A Gronelândia pertence às pessoas da Gronelândia, afirmou a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen. “Como afirmou o chefe do governo regional, Mute Egede, a Gronelândia não está à venda”, disse Mette Frederiksen ao canal de televisão dinamarquês TV2 .

A chefe de executivo da Dinamarca referiu igualmente que os Estados Unidos são o aliado mais próximo do seu país.

O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, disse já nesta quarta-feira que a União Europeia não vai permitir que países “ataquem fronteiras soberanas” do bloco europeu.

A Gronelândia, região autónoma da Dinamarca, é “um território da União Europeia”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Paris à rádio France Inter.

No Canadá, o primeiro-ministro demissionário Justin Trudeau garantiu que “nunca, mas nunca” o Canadá fará parte dos Estados Unidos: “Nunca, mas nunca, o Canadá fará parte dos Estados Unidos“, frisou Trudeau, através da rede social X.

“Os trabalhadores e as comunidades de ambos os países beneficiam do facto de sermos os maiores parceiros comerciais e de segurança”, acrescentou o líder canadiano.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do Panamá, Javier Martinez-Acha, avisou que a soberania do Canal do Panamá “não é negociável e faz parte da nossa história de luta e de uma conquista irreversível”.

ZAP // Lusa

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8 Comments

  1. Outro Putin?? É no que dá colocar Loucos no poder, ainda para agravar mais a situação num pais como os EUA…
    Vamos ter ainda mais guerras. Isto era de prever com os loucos Trump, Musk, Vance- que tripla explosiva.

    • Shhhh… não digam isso muito alto que ele pode ouvir… Além disso, acho que o nome Trampa lhe assenta melhor que Trumpas

  2. Ora aqui está uma excelente JANELA DE OPORTUNIDADE !!!!!! Se o Canadá e a Dinamarca não aceitam, OFEREÇAM-LHE PORTUGAL para ele vir para cá tomar conta desta m….
    É preciso mandar o Marcelo a Washington, sem demora!

  3. Outro Neandertal conquistador psicopata a juntar aos outros psicopatas asiáticos e afins… Mas a culpa é de quem os coloca no poleiro, com excepção dos ditadores asiáticos e os daqueles países onde as eleições são “democráticas”…

  4. As pessoas pensam que após a 2ª grande Guerra mundial e anos de paz e prosperidade em que os problemas são aturar a geração woke, isto , a Terra tem as fronteiras certinhas para o resto da vida? Andam mesmo a dormir. Aproveitem estes tempos, mas a natureza humana sempre foi ligada ao território.

  5. Agora percebo aquela coisa do “Fazer a América Grande Outra Vez”! Há-de ser (se o deixarem) à custa dos vizinhos, comprando ou tomando territórios. Os Estados F* da América ainda vão ser maiores do que a Rússia! Engole, Putin!

  6. O Trampolim não vai fazer nada a não ser tentar acumular fortuna à custa dos papalvos americanos, ele e os que o rodeiam.
    O comportamento é uma aproximação ao Putin para ver se resolve o problema da Ucrânia, mas não vai ter sucesso. Já não são 24 horas, agora já são 6 meses!… O Putim vai-lhe dar baile.

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