David Maxwell / EPA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Donald Trump contesta a contagem oficial do número de mortos provocados pelo furacão Maria, que atingiu Porto Rico em setembro do ano passado, sem, no entanto, apresentar qualquer prova de manipulação.
Esta quinta-feira, Donald Trump acusou a oposição democrata de ter inflacionado o verdadeiro número de mortos na sequência dos dois furacões que atingiram Porto Rico o ano passado. O Presidente norte-americano rejeita que tenham morrido três mil pessoas.
“Não morreram 3000 pessoas nos dois furacões que atingiram Porto Rico. Quando eu deixei a ilha, DEPOIS de a tempestade já ter passado, os números estavam entre seis a 18 mortes. Ao longo do tempo não aumentou muito. Depois, muito tempo depois do ocorrido, começaram a dar conta de números muito elevados, como 3000”, escreveu no Twitter.
“Isto foi feito pelos democratas para prejudicar a minha imagem numa altura em que estava a angariar com muito sucesso mil milhões de dólares para ajudar a reconstruir Porto Rico”, continuou.
“Se uma pessoa morresse fosse pelo que fosse, mesmo que fosse de velhice, eles acrescentavam ao número. Má política. Eu adoro Porto Rico!”, rematou Trump, não apresentando, no entanto, nenhum dado que comprovasse que os números oficiais foram manipulados.
Porto Rico divulgou o número de mortes em agosto, elevando o balanço para 2975 pessoas. A contagem foi realizada por investigadores da Faculdade de Saúde Pública do Instituto Milken da Universidade George Washington, refere o Público.
Inicialmente, o balanço feito apontava para 64 mortes, incluindo vítimas diretas dos furacões Maria e Irma, por afogamento, estruturas arrastadas pelo vento e queda de edifícios. O balanço final inclui vítimas que morreram nos seis meses que se seguiram, resultado da falta de acompanhamento médico, eletricidade e água potável.
