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Tribunal saudita confirma 10 anos de prisão e mil chicotadas para blogger

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d.r. Roger Lemoyne / macleans.ca

Ensaf Haidar, mulher de Raif Badawi, o blogger saudita condenado a 10 anos de prisão e mil chicotadas

Ensaf Haidar, mulher de Raif Badawi, o blogger saudita condenado a 10 anos de prisão e mil chicotadas

O Supremo Tribunal da Arábia Saudita confirmou a pena de 10 anos de prisão e de mil chicotadas do bloguer saudita Raif Badawi, detido por “insulto ao Islão”, indicou hoje a sua mulher, afirmando-se “chocada” com a decisão.

“O tribunal Supremo confirmou a decisão de infligir a Raif Badawi 10 anos de prisão, 10 anos de interdição de saída do reino, e mil chicotadas”, declarou a mulher do blogger, Ensaf Haidar, acrescentando que esta decisão é “irrevogável”.

Interrogada por telefone a partir do Canadá, onde se instalou, Ensaf Haidar afirma estar “chocada” com a decisão, que o Supremo Tribunal tomou, “três meses após ter sido informado sobre a questão”.

raif_badavvi / Twitter

    Raif Badawi, de 31 anos, foi condenado em novembro a dez anos de prisão, ao pagamento de uma multa de mil riyals e a mil chicotadas

Raif Badawi, de 31 anos, foi condenado em novembro a dez anos de prisão, ao pagamento de uma multa de mil riyals e a mil chicotadas

“Eu esperava, com a aproximação do Ramadão, o mês de jejum muçulmano, que começa a 17 de Junho, e com o novo rei da Arábia Saudita, que os presos de consciência no reino, incluindo Raif, fossem perdoados“, acrescentou.

Preso em 2012, Raif Badawi foi condenado, em novembro de 2014, a 10 anos de prisão e a mil chicotadas — cinquenta por semana ao longo de 20 semanas — por insultar o Islão.

Badawi sofreu uma primeira sessão de açoitamento a 9 de janeiro, mas foram adiadas as sessões subsequentes, primeiro por razões de saúde, em seguida, por razões não especificadas.

Haidar diz ter receio de que as sessões de flagelação sejam retomadas rapidamente, talvez “a partir da próxima semana”.

A situação de Badawi levantou indignação em todo o mundo, com as Nações Unidas a denunciar uma sentença “cruel e desumana”.

/Lusa

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