Duas pessoas ligadas ao PNB, Banco Nacional do Punjab, e um responsável do grupo financeiro do empresário joalheiro Nirav Modi foram detidos este sábado, acusados de uma fraude de cerca de 1,5 mil milhões de euros à entidade financeira, o segundo maior banco da Índia.
O ex-diretor do PNB, Gokulnath Shetty, já reformado, e Manoj Kharat, um funcionário do mesmo banco, foram detidos sob acusação de envolvimento na que é uma das maiores fraudes bancárias na história do país, informou a agência local PTI. Também foi detido Manoj Hemant Karat, representante do grupo empresarial do joalheiro Nirav Modi.
O PNB anunciou nesta semana que em 29 de janeiro denunciou à autoridade anti-corrupção indiana a fraude de 113 mil milhões de rupias, 1,5 mil milhões de euros, através de uma filial em Bombaim, mediante o envio fraudulento de memorandos de entendimento a dois grupos empresariais.
Um deles pertence a Nirav Modi, um dos joalheiros mais importantes do país, e o outro ao empresário Mehul Chinubhai Choksi. O Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano adiantou que os seus passaportes, que se encontram em paradeiro desconhecido, foram suspensos.
O banco indicou que dois dos seus funcionários conseguiram fazer cartas de entendimento, uma espécie de carta de crédito para acesso a empréstimos no estrangeiro, sem as registar no sistema de contabilidade da entidade financeira, tendo assim obtido acesso directo ao sistema internacional SWIFT de comunicação interbancária.
Segundo a investigação, pelo menos 650 milhões de euros foram desviados a partir de 150 cartas emitidas por Shetty e Kharat. Até ao momento, 18 empregados do PNB foram suspenso, incluídos vários directores.
A agência de segurança indiana especializada em crimes financeiros, tomou entretanto controlo de centenas de joalherias, comércios e propriedades de Nirav Modi em todo o país.
A fraude do PNB, banco de capital público que cotado na Bolsa de Valores indiana, é já um dos maiores escândalos no setor financeiro indiano e levantou uma guerra de acusações entre os partidos políticos, que são responsabilizados pela falta de controlo sobre o sistema financeiro.
ZAP // EFE
Tivemos por cá bem pior…. E ainda recebem 30 mil euros por mês…