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Mais três mortes e 312 novos casos de covid-19 em Portugal

Tiago Petinga / Pool / Lusa

Portugal regista, esta sexta-feira, mais três mortes e 312 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, mostra o boletim mais recente da DGS.

Segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS), dos 312 novos casos, 236 são na região de Lisboa e Vale do Tejo (75,6%). No total, o número de pessoas infetadas pela doença é agora de 48.077.

Na região Norte há mais 40 infetados do que nas últimas 24 horas, no Centro há mais 10, no Alentejo há mais 18, no Algarve há mais sete doentes e nos Açores mais um.

Estão também confirmadas 1682 mortes devido à covid-19, mais três óbitos do que nas últimas 24 horas. Todas as vítimas mortais estavam acima dos 80 anos, tratando-se de duas mulheres e de um homem (dois óbitos em Lisboa e Vale do Tejo e um no Norte).

Neste momento, existem 447 doentes internados (menos 29 do que ontem), dos quais 67 estão nos cuidados intensivos (menos cinco do que ontem). O boletim da DGS também aponta para mais 314 doentes recuperados, verificando-se já um total de 32.790 pessoas.

Há ainda 35.150 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde e 1735 aguardam resultado laboratorial para saber se estão infetadas.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais casos de infeção (23.806), seguida pelo Norte (18.293), pelo Centro (4.340), pelo Algarve (764) e pelo Alentejo (623). Há ainda 152 casos registados nos Açores e 99 na Madeira.

Relativamente ao número total de óbitos, 827 foram registados no Norte, 555 na região de Lisboa, 251 no Centro, 19 no Alentejo, 15 no Algarve e 15 nos Açores. O arquipélago da Madeira continua sem registar vítimas mortais.

Há 134 surtos ativos em Lisboa e Vale do Tejo

Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que, neste momento, existem 134 surtos ativos em Lisboa e Vale do Tejo. Há 41 surtos ativos no Norte, 13 no Centro, cinco no Alentejo e 13 no Algarve.

Sobre os 447 doentes internados, a governante referiu que 385 estão internados em Lisboa e Vale do Tejo e, deste número, 302 estão em hospitais que servem os cinco concelhos que ainda estão em estado de calamidade.

Relativamente ao risco de transmissão (RT) para os dias 10 a 14 de julho, a ministra declarou que é de 0,96, “valor que indica que o número de novos casos se mantém aproximadamente constante, ainda que a baixar um bocadinho”.

A nível regional, a distribuição do RT é a seguinte: 1,04 na região Norte, 0,94 na região Centro, 0,94 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 0,89 na região do Alentejo e 1,17 na região do Algarve.

Segundo Temido, as autoridades de saúde continuaram nos últimos dias a “política de deteção precoce dos novos casos através da utilização intensiva de testes de diagnóstico” e revelou que, no dia 15 de julho, o último sobre o qual existem dados contabilizados, foram realizados 15.866 testes, dos quais 658 (4,1%) foram positivos.

Questionada sobre os 30 ventiladores, provenientes da China, recebidos no Algarve, que apresentam falhas técnicas, a ministra disse que “não foram comprados pelo SNS, foram uma doação, e o generoso doador está já a tratar das questões com o fornecedor”.

A ministra explicou que, em março, foram “identificados mais de 1.100 ventiladores para serem afetos” a doentes covid-19, reforçados, até ao momento, com mais 1743. Destes, o SNS comprou 946, alguns dos quais já entregues, 156 correspondem a um empréstimo e 522 foram doados.

Temido contraria ministro das Infraestruturas

Questionada sobre as declarações do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre a possibilidade de acabar com as limitações à lotação dos transportes públicos, Temido diz que, para já, não vê motivo para alterar o que está definido.

“As recomendações de saúde publica têm um caráter evolutivo, até em função daquilo que são as novas recomendações das organizações internacionais, mas neste momento não vejo motivo para podermos alterar aquilo que tem estado a ser definido”, afirmou.

Reconhecendo que o tema da concentração de pessoas em espaços fechados “suscita a maior preocupação” e que as autoridades de saúde e o Governo têm sido “muito cuidadosos” nas decisões sobre esta matéria, Temido lembrou que os transportes públicos acumulam “um número significativo de pessoas” e representam espaços “fechados e de difícil arejamento”, preferindo prudência na reavaliação das medidas.

“É um facto que há estudos que apontam no sentido de que não haja causalidade direta entre as viagens de transportes públicos e transmissão da infeção, porque é difícil identificar uma causalidade direta, mas há um risco por si só nessa circunstância e temos, na fase atual que ainda enfrentamos na pandemia, de ter a maior das cautelas na apreciação de alternativas”, vincou, assinalando que “outros países” também adotaram restrições nos transportes.

ZAP //

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